apontamento aula com professor Pr. Renato Maia
A narrativa da paixão, morte e ressurreição constituem um bloco mais ou menos homogêneo nos três primeiros evangelhos. em João é apresentado com certos aspectos especiais. Os três primeiros Evangelhos são chamados sinópticos, porque têm uma boa dose de material em comem. Sinóptico significa visto em conjunto. A comparação deles nos leva, desde logo, à conclusão que Marcos, o menor deles, é o que nos mostra Jesus Cristo em ação. Não registra Marcos grandes discursos como o faz Mateus, nem séries de parábolas, como os outros dois, mas estabelece cronologicamente o itinerário do ministério de Jesus. Marcos abstém-se de qualquer informação prévia ao início do ministério; contém, apenas, uma apresentação da ação de Deus encarnado. Parece-nos que Marcos pensava nos romanos quando escrevia o seu evangelho. Evidentemente escrevia a gentios e não a judeus, porque muitas vezes faz identificação de termos, medidas e distâncias, e usa uma linguagem mais própria para gentios.
Mateus, deferentemente de Marcos, não só é um Evangelho mais longo, mas caracteriza-se pelo registro de grandes discursos, como o sermão do monte, sermão profético ou a série de parábolas, registradas no capítulo 13. Mateus usa linguagem mais especificamente judaica, porque se abstém de fazer identificações que seriam inúteis e, sobretudo, porque faz, em quantidade notável, citações do V.T. Quem quer que se dê ao cuidado de verificar as citações do V.T. em Mateus, verá que há nesse Evangelho verdadeiro estribilho: "Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz..."
Lucas não foi escrito nem para romanos, nem para judeus, mas para os gregos, que gostavam da harmonia nas artes e no pensamento filosófico. O homem, para o grego, é a medida de todas as coisas. A civilização grega á antropocêntrica. E Lucas, que escreve para o seu amigo grego, Teófilo, faz a apresentação de Jesus Cristo como homem perfeito. A frase "filho do homem" aparece ai muitas vezes, não sem razão.
Quanto a João, lembremo-nos de que é um evangelho escrito após os outros. João não repete, senão, num só caso, os milagres narrados nos Evangelhos sinópticos. João conta outros milagres; detalhes significação especifica. O caso único de repetição do mesmo milagre nos quatros Evangelhos é o da multiplicação dos pães; embora repetido por João é apresentado de modo mais completo no que diz respeito à significação do próprio milagre (João 6). Mas não é apenas isto. Muitas vezes teremos, através do estudo do Evangelho de João, oportunidade de alcançar, mais que noutros Evangelhos, conhecimento de aspectos até então desconhecidos da vida intima de Jesus.
É útil fazermos uma harmonia dos Evangelhos. É que a visão conjunta deles nos mostra que as repetições não são inúteis. São sempre acompanhadas de aspectos novos que se completam.
Espaço para armazenar artigos relacionados a espiritualidade. Divulgação de material relacionado ao trabalho de capelania executado pela CAHERJ - Associação de Capelania Hospitalar Evangélica do RJ.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Pregação Expostiva - estudo
PREGAÇÃO EXPOSITIVA
Russel Shedd
Introdução
Definição: Pregação expositiva: A mensagem do sermão é extraída de um texto apenas, sendo que o tema e todas as divisões são derivados do texto. As divisões são formadas de um único tema dentro do texto, formando uma mensagem coesa e objetiva. Basicamente, a pregação expositiva pode ser textual ou sequencial. Não se trata de um comentário bíblico apenas, mas da exposição da mensagem do texto que, trazida à luz pelo preparo do pregador e pelo poder do Espírito, ganha relevância para os ouvintes. Pr. Jaime Cisterna
A. Os objetivos de pregação expositiva são:
1. Expor o que o texto ensina para nós hoje.
2. Avivar a consciência pela santidade de Deus
3. Alimentar a mente com a verdade de Deus
4. Purificar a imaginação com a beleza de Deus
5. Abrir o coração para o amor de Deus
6. Levar os ouvintes a obedecer a vontade de Deus
7. Alegrar o espírito como o valor de Deus
B. Figuras que a Bíblia usa para se descrever
1. Luz e lâmpada- Sl119. 105,130
2. Espelho -Tg 1.23,25; I Co 13.12; 2 Co 3.18 .
3. Água -Jo 15.2; Ef5. 26
4. Espada- Ef6.11;Hb4.12,13;2Co6.7
5. Bomba ou projétil- 2 Co 10.4
6. Chicote ou açoite -2 Tm 3.16,17
7. Martelo e fogo -Jr 23.29
8. Leite- I Pe 2.2
9. Como mel- Sl119.103 .
1 o. Carne -Hb 5.12 -14
11. Semente- I Pe 1.23; Tg 1.18
12. Hóspede, Dono –Cl 3.16; Ef5.18; Jo 5.38,39
13. Poder-Rm 1.16; Is 55.11
I. Por que pregar expositivamente
A. Significado de exposição
1. explicar, explanar
2. ensinar-l Tm 3.216~l.\.ti
3. casamento entre a verdade bíblica e a necessidade humana
4. ilustrações -
a. "Tudo que é proveitoso" -At 20.20
b. "todo o desígnio de Deus" -At 20.27
c. "encomendo-vos ao Senhor e à Palavra de sua graça" At 20.32
5. inclui tudo que for útil para- 2 Tm 3.16,17
a. ensino ( didaskalian)
b. repreensão (elegmon)
c. correção (apanorthósin)
d. educação (paideia)
e. Para ser perfeitamente habilitado para toda boa obra ( artios,
exartismenos )
B. Alvo principal; mudar os ouvintes. " A minha pregação falha
completamente se somente impressiona, mas não transforma" (R. Chalmers).
1. Tornar os ouvintes maduros, perfeitos -Cl1.28
2. Desenvolver aptidão para ensinar outros -Hb 5.12
3. Capacidade para conhecer e adorar a Deus- Ex 33.13
4. Confirmar e consolar, ou confortar -1 Ts 5.14
5. Tornar os ouvintes sábios para a salvação -2 Tm 3.14,15
C. Os alvos da pregação expositiva:
1. Ser arautos -2 Co 4.5
2. Ser semeadores da Palavra -Lc 8.4-8; 11-15
3. Ser embaixadores de Deus -2 Co 5.20
4. Ser mordomos dos mistérios de Deus- 1 Co 4.1-4
5. Ser profetas -"deixar a voz de Deus ser ouvida" -Mc 13.11
6. Ser cooperadores do Espírito Santo -Jo 16.13
7. Ser modelos que incentivam os crentes a ler e aprender a vontade
de Deus -2 Tm 2.2
8. Fazer os corações dos ouvintes arder- Lc 24.27-32
9. Criar mentes cristãs -2 Co 10.5; 1 Co 2.16
10. Deixar Deus falar e deixar o ouvinte na presença de Deus
II. Como Estudar para Pregar Expositivamente
A. Escolher a passagem -normalmente em sequência
I. Deve ser um texto completo: ditado, parágrafo, secção, parábola, livro
2. Deve ter integridade hermenêutica -deve ser exposto com fidelidade ao texto bíblico ,
3. Deve ter coesão como colar de pedras ou pérolas
4. Deve ter movimento e direção -leva o ouvinte para frente
5. Deve ter aplicação prática à vida.
B. Familiarizar-se com o texto
1. Ler várias vezes
a. Campbell Morgan -50 vezes
h. Louis King -Um ano lendo o NT em grego com oração entre as quatro da manhã até meio-dia
c. George Whitefield -"Comecei a ler as Sagradas Escrituras sobre os joelhos, pondo de lado todos os outros livros e orando o tempo possível sobre cada linha e até cada palavra. O resultado foi que se tomou para mim comida e bebida para minha alma. Diariamente, recebia nova vida, luz e poder do alto."
2. Dr. Merrill C. Tenney (Gálatas -Escritura da Liberdade Cristã), sugere que deve-se ler o livro várias vezes com um propósito definido.
a. Leitura sintética -buscar o tema principal e ver como é desenvolvido.
b. Leitura biográfica -tudo que lança luz sobre o autor e os indivíduos importantes mencionados
c. Leitura histórica -buscar a situação histórica, social, geográfica e cultural do escritor e seus leitores originais.
d. Leitura teológica -buscar doutrina e pressuposições que levam o autor a argumentar do modo que ele argumenta.
e. Leitura retórica -notar as figuras de linguagem, tanto as de cor como de forma.
f. Leitura tóQica - procurar os assuntos éticos, práticos e doutrinários.
g. Leitura analítica -buscar a gramática e os inter-relacionamentos entre frases, palavras, etc.
h. Leitura Pastoral -buscar o interesse orginal do autor .
i. Leitura devocional- procurar o alimento espiritual com atenção à voz de Deus.
3. Ler o máximo sobre o contexto histórico, cultural e geográfico dos autores e leitores originais. .
a. Veja livros como " A Vida Diária nos Tempos de Jesus", H. Daniel-Rops. " As Parábolas de Lucas", K. Bailey. Artigos especiais no Novo Dicionário da Bíblia.
b. Procurar entender melhor o sentido do texto como "Entendes o Que Lês", Gordon Fee e Douglas Stuart, EVN. procurar os assuntos éticos, práticos e
c. Observação cuidadosamente os fatos relacionados com os
endereçados Uudeus, gregos, ricos, pobres, escravos, livres,
problemas, atitudes, valores ).
d. Afitudes e pressuposições do autor (Paulo, Pedro, João,
Marcos, Lucas etc ).
e. Indicações acerca do propósito do livro.
f. Divisões naturais no livro ou na carta
'. Pense seriamente sobre a interpretação correta dos livros
a. Identifique o tipo ou gênero de literatura
I. Histórica- Gênesis- Ester
II. Poética (Jó -Cantares)
III. Provérbios (Eclesiastes)
IV. Profética- Isaías a Malaquias
V. Evangélica- história com diversas dimensões
VI. Epístolar- endereçadas a leitores e igrejas
VII. Apocalíptica -julgamento e intervenção divina
b. Interpretar com segurança -exegese e relevância
c. Entender o sentido original e o significado é essencial à pregação expositiva –(cf. At 8.29-35). Alguns princípios importantes para interpretar legitimamente
a. Buscar o sentido natural- simplicidade
b. Deus é luz e deseja comunicar-se conosco
c. Evitar idéias fantásticas, alegóricas, privadas (2 Pe 1.20,21 ).
d. Evitar interpretar literalmente se o autor pretendeu dar outro sentido -Jo 6; Ap 7
e. Evitar exageros que impressionar:n. Procurar a função do texto no trecho original.
f. Exs. Nos Salmos
I) Lamentações- 137,129
II) Gratidão- 103,.109, 136
III) Hinos de louvor- 145,8,24,29,3390-106
IV) História salvadora -78,81
V) Celebração- 120-134
VI) Sabedoria- 90,119
VII) Cânticos de confiança -23,46,91
6. Observar a gramática -tomar a sério o estudo gramatical literário e estudo das palavras importantes.
a. Observar os verbos
I. Tempo da ação -passado, presente, futuro
II. Tipo da ação -contínua, pontual, completada
III. Modo da ação -pergunta, afirmação, ordem, desejo
IV. Voz da ação -o sujeito age ou recebe a ação
Notar palavras de conexão -partes iguais ou desiguais
I. Temporais -"quando", antes, durante etc.
II. Locais -indicando onde
III. Lógicas -razão -por isso, portanto, desde que...
Ø resultado -assim, portanto
Ø condição -se, no caso de...
Ø contraste -mas, entretanto, porém, contudo...
Ø concessão -ainda que, embora, apesar de...
Ø enumeração -e, primeiro, em seguida...
IV. Conexão modal indicando como, de que maneira
Ø agência ou meio -por, por meio de, intermédio
Ø maneira- assim...
Ø comparação -assim como, tal como
V. Conexão enfática, indicando intensidade -tão, muito, menos
7. Notar os antecedentes dos pronomes
8. Observar a emoção do texto ( desejo, desespero, esperança, alegria, tristeza, louvor, condenação assombro, preocupação, pressa, etc...)
Observação geral:
a. Quais são as pessoas envolvidas -que papel desempenha cada uma
b. Quais são as ações, eventos, tópicos discutidos
c. Por que está neste trecho a discussão de tal verdade
d. Quais são os propósitos e razões indicados
e. Quando ocorrem os eventos -cronologia
f. Onde ocorrem
g. Como se desenvolvem os acontecimentos
h. Qual é o objetivo ou propósito do autor no livro todo.
i. Qual é o plano do livro no contexto do trecho
ü Procurar o tema da seção anterior
ü Procurar o tema da seção que deseja expor
ü Observar o tema da seção que se segue
ü Determinar o tema do trecho maior do livro do qual faz parte o trecho sendo estudado
j. Procurar a estrutura, a relação entre as seções que compõem o livro ou parte principal.
ü Como surge uma ideia do trecho anterior
ü Como o texto em pauta apresenta o posterior
Regras Básicas
I. Um texto não pode significar hoje o que não podia significar para o autor e seus leitores ( ex. 1 Co 13.1 O -"o perfeito" não deve significar o Novo Testamento ).
2. Em situações comparáveis ou iguais para crentes do Novo Testamento e hoje, a vontade ou a Palavra de Deus é a mesma para eles e para nós.
Exs. Rm 3.23- Todos são pecadores
1 Pe 2.4,5 e 1 Co 3.10-17 -A Igreja é composta de pedras vivas que criam o templo santo de Deus.
3. 1 Co 6.1-11 -Não se deve processar um crente no tribunal secular , mas não é proibido processar uma companhia ou um não crente. Contudo, não se deve esquecer Rm 12.19-21.
4. Escrever suas observações num papel de rascunho para não esquecer suas meditações.
III. Como organizar a Mensagem -(veja J. Stott -Eu Creio na Pregação).
A. Introdução: Decidir sobre a direção em que o texto está conduzindo o pensamento para dar uma aplicação correta e forte
B. Procurar uma proposição: uma declaração que parte do centro do texto para a necessidade dos ouvintes. Escreva claramente esta declaração-conclusão em poucas palavras.
C. Procurar encontrar fundamentos mais fortes possíveis para sustentar essa declaração dentro do texto em pauta.
D. Organize esses pontos dos argumentos de maneria textual e clara
1) .Excluir tudo que não apoia a tese
2) Incluir o movimento que conduz à conclusão.
3) Incluir sub-tópicos e sub-sub- tópicos, cuidando sempre de usar o que é coerente e excluir o que não o é.
4) Cuidar de notar as pontes que ligam uma afirmação à seguinte.
Ilustração: em 2 Co 2.14-17 aparecem três sub-topicos
a) Participamos da procissão vitoriosa de Cristo.
b) O bom perfume se relaciona com a morte sacrificial de Cristo.
c) Falamos em Cristo -para evitar o desejo de adulterar a mensagem para tirar alguma vantagem pessoal.
5) Estruturar a mensagem em tomo da aplicação prevista na tese ou proposição. Deve se evitar forçar a organização de modo que não flua naturalmente do texto.
6) Pense em ilustrações que possam dar luz e mais vitalidade à mensagem (as janelas da mensagem).
7) Cuidar da escolha das palavras chaves, aquelas que esperamos fiquem marcadas -exs. "graça", "lei", "expiação", "justificação', etc.
8) Concluída a estruturação da mensagem, é importante pensar numa conclusão que aplica a vontade de Deus aos ouvintes e uma introdução que desperta interesse no tema.
a) Conclusão
1.Não é uma mera recapitulação
2.Tem o propósito de aplicar a mensagem aos corações
3.Deve conduzir os ouvintes à reflexão, oração de arrependimento, obediência, petição para o auxílio do Espírito Santo
b) Introdução
1.O propósito da introdução é preparar os ouvintes para receber a mensagem
2.Deve apresentar o tema, iniciar o auditória no processo de pensar seriamente acerca do que será apresentado.
3.Deve suscitar interesse.
9) Deve haver muita oração pela mensagem
a. Tudo pronto no sábado para passar o tempo com Deus antes de pregar. .
b. Convide irmãos e irmãs a orar pela mensagem e sua aplicação. Spurgeon tinha centenas de pessoas orando enquanto ele pregava.
IV Benefícios da Pregação Expositiva
a) Pregações não omitirão temas esquecidos, mas importantes.
b) Evita a pergunta, "por que o pastor está pregando sobre esse tema?".
c) Abre horizontes mais amplos; apresenta temas mais abrangentes.
d) Evita a ideia popular que a Bíblia é semelhante a uma mina de brilhantes, de uma coleção de retalhos feita de versículos, frases e não argumentos completos.
e) Grandes pregadores do passado pregaram expositivamente.
1. Crisóstomo (380-400) pregou Gênesis e Salmos, Mateus e João e todas as Epístolas de Paulo.
2. Matthew Henry (1687-1712) pregou o Antigo Testamento de manhã, o Novo Testamento à tarde e passou duas vezes pela Bíblia. No culto durante a semana pregou os Salmos cinco vezes.
3. João Calvino nos 15 anos (1549-1564) Pregou expositivamente Genesis, Deuteronômio, Juízes, Já, alguns Salmos, 1,2 Samuel, 1 Reis, todos os profetas; pregou a Harmonia dos Evangelhos, 1,2 Coríntios, Atos, Gálatas, Efesios, 1,2 Tessalonicenses e Epístolas Pastorais.
f) John Stott, "O que mais precisamos é conhecer a vontade de Deus. Precisamos conhecer o caráter de Deus e saber como Ele executa sua vontade no transcorrer dos séculos" (Ex 33.13).
g) Pregação expositiva deve perturbar os confortáveis e confortar os perturbados. Deve confrontar a todos.
h) Pregação expositiva toma-se um espelho para o pregador- não estaria falando apenas o que ele pensa, nem aquilo com que se sente bem. Deve produzir sinceridade e humildade (2 Co 2.17; Mt 11.28-30)
Escatologia - estudo das últimas coisas.
Por Leonir Oliveir
http://prleonir.blogspot.com.br/2013/10/escatologia-estudo-das-ultimas-coisas.html
1. Espiritual(simbólica ou mística); para estes pensadores o livro não essencialmente profético ou histórico, mas é uma coletânea de símbolos místicos que visão ensinar lições espirituais e morais. O próprio livro advoga pra si ser uma profecia, e não podemos interpretar diferente ao nosso bel prazer.
2. Preterista; ponto de vista dá a entender que todas as ocorrências aludidas no livro de apocalipse tiveram cumprimento no Império Romano. Apesar de ter alguma verdade, não leva em conta que se trata de uma profecia, e que esta contempla a 2ª vinda(parousia) de Cristo.
3. Historicista; estes procuram encaixar todos os acontecimentos do livro em várias épocas da história humana. O ponto de vista puramente histórica deixa o livro extremamente dúbio e misterioso.
4. Futurista; há basicamente 2 tipos: extremos e moderado;
i. Extremo todo o livro seria preditivo incluindo os capítulos 2 e 3(as cartas as 7 igreja, que representariam sucessivos estágios da história eclesiástica, até a 2ª vinda de Cristo(os dispensacionalistas).
ii. Moderado(meu ponto de vista), admitem que os cap. 2 e 3 se referem ao passado(presente do autor), mas que a começar do capítulo 4 temos o futuro, o que devera acontecer “imediatamente” antes do segundo advento.
5. Eclético: como nome diz reúne todas as escolas acima de modo que nenhuma domine as demais. Acredito firmemente que apesar de todas conterem algumas verdades, o livro é a priori profético.
a) Pós-milenista; visão otimista da escatologia não levando muito em conta o que a Bíblia diz sobre a questão. Características:
1. O reino de Deus é uma realidade presente e é terrestre.
2. O mundo se converterá como um todo ao evangelho e Jesus virá, concretizando assim o final dos tempos.
3. Terá também um longo tempo de paz no mundo antes da vinda de nosso Senhor. O milênio não é literal e sim este tempo de paz sobre a terra que precederá o fim.
4. Crescimento paulatino do Reino
5. No fim do milênio haverá um período de apostasia com a vinda do anticristo.
6. O “milênio” terminará com a volta pessoal e física de Jesus.
7. Com a volta de Jesus haverá a ressurreição de justos e injustos simultaneamente e pelo julgamento atribuição dos estados finais de cada um(Nova Jerusalem ou Lago de Fogo.
Esquema pós-milenista:
b) Amilenista; declara que não haverá um milênio literal, este milênio seria algo atemporal de alguma forma um estado,mais do que um período. Características principais:
1. Segunda vinda de Cristo inaugura o tempo final para crentes e não-crentes de maneira final(não intermediária como dizem os milenistas).
2. Os mil anos de Apocalipse 20 são simbólicos e não-literais.
3. As duas ressurreições do texto(Ap 20) não são físicas.
4. Interpretação de um modo geral não literalista
5. Pessimistas quanto ao futuro da Terra e da humanidade(poderia se dizer realista em relação ao texto Bíblico.
6. Iminência(a qualquer hora) da segunda vinda.
Esquema Amilenista:
c) Pré-milenista; o pré-milenista de uma maneira geral crê que haverá um milênio literal de Cristo que será inaugurado com a segunda vinda de Cristo e precedido pelo arrebatamento da igreja. Há duas correntes básicas deste pensamento: dispensacionalista e histórico.
1. Reino terrestre de Cristo, onde a paz, retidão e justiça reinarão entre os homens e será estabelecido pela sua segunda vinda (Ap 20: 1-15).
2. Volta abrupta(repentina) como foi sua ida(At 1: 9-11 e IIPe 3: 10).
3. Deterioração das condições espirituais na Terra ou grande Apostasia (Mt 24: 12 e IITe 2: 3).
4. Aparição do Anticristo; ou iníquo; ou abominável da desolação(ITe 2: 7-12).
5. Uma grande tribulação antecederá logo a vinda do Senhor(Mt 24: 21-23).
6. Prisão de mil anos de satanás e “seguidores” por inferência(Ap 20:2) e depois sua derrota final onde são lançados no lago de fogo e enxofre(Ap 20: 10).
7. Duas ressurreições literais e distintas em seus personagens, serão físicas ou corpóreas. No início dos mil anos os cristãos ressuscitam(primeiro os que dormem e depois nós os que estivermos vivos) e no final deles os ímpios ressuscitam para julgamento final (Ap 20: 4-6 e ITe 4: 13-18).
Esquemas pré-milenistas:
I) Pré-tribulacionista; Crêem que Cristo voltará antes da Grande Tribulação e a Igreja é arrebatada neste momento e fica nos ares com Cristo durante sete anos(destes fazem parte os dispensacionalistas). Onde os Judeus convertidos, os 144.000, estariam pregando o evangelho, esta visão é essencialmente dispensacionalista. Eles fazem distinção de dois eventos na 2ª Vinda: arrebatamento e revelação.
II) Mid-tribulacionista(ou meso-tribulacionista); diz que a igreja será arrebatada no meio da tribulação(Dn 7; 9: 27), ficando três anos e meio com Cristo nos ares.
II) Pós-tribulacionista. A igreja será arrebatada no final da grande tribulação, sendo guardada em meio a ela e não fora dela, com a volta de Jesus em um só evento e inauguração dos mil anos(pré-milenismo histórico).
Textos básicos sobre o assunto:
Daniel 7 – 12. Mateus 24 – 26. I Tessalonicenses 4: 13 - 18, 5: 1–11. II Tessalonicenses 2: 1–16. II Pedro 3: 1 - 14. Apocalipse 1– 22.
Bibliografia básica: Leonir Oliveira; Teologia Cristã em Quadros, H. Waine House Ed Vida; Opções Contemporâneas na Escatologia, Milard Erickson, Ed Vida Nova(muito bom o livro); Enciclopédia de Bíblia T. e F., Russel Noman Champlin, Ed Hagnos. Wayne Gruden Teologia Sistemática; Ed Vida Nova.
http://prleonir.blogspot.com.br/2013/10/escatologia-estudo-das-ultimas-coisas.html
*Quanto as escolas de interpretação do Apocalipse são cinco:
1. Espiritual(simbólica ou mística); para estes pensadores o livro não essencialmente profético ou histórico, mas é uma coletânea de símbolos místicos que visão ensinar lições espirituais e morais. O próprio livro advoga pra si ser uma profecia, e não podemos interpretar diferente ao nosso bel prazer.
2. Preterista; ponto de vista dá a entender que todas as ocorrências aludidas no livro de apocalipse tiveram cumprimento no Império Romano. Apesar de ter alguma verdade, não leva em conta que se trata de uma profecia, e que esta contempla a 2ª vinda(parousia) de Cristo.
3. Historicista; estes procuram encaixar todos os acontecimentos do livro em várias épocas da história humana. O ponto de vista puramente histórica deixa o livro extremamente dúbio e misterioso.
4. Futurista; há basicamente 2 tipos: extremos e moderado;
i. Extremo todo o livro seria preditivo incluindo os capítulos 2 e 3(as cartas as 7 igreja, que representariam sucessivos estágios da história eclesiástica, até a 2ª vinda de Cristo(os dispensacionalistas).
ii. Moderado(meu ponto de vista), admitem que os cap. 2 e 3 se referem ao passado(presente do autor), mas que a começar do capítulo 4 temos o futuro, o que devera acontecer “imediatamente” antes do segundo advento.
5. Eclético: como nome diz reúne todas as escolas acima de modo que nenhuma domine as demais. Acredito firmemente que apesar de todas conterem algumas verdades, o livro é a priori profético.
*Quanto ao Milênio:
a) Pós-milenista; visão otimista da escatologia não levando muito em conta o que a Bíblia diz sobre a questão. Características:
1. O reino de Deus é uma realidade presente e é terrestre.
2. O mundo se converterá como um todo ao evangelho e Jesus virá, concretizando assim o final dos tempos.
3. Terá também um longo tempo de paz no mundo antes da vinda de nosso Senhor. O milênio não é literal e sim este tempo de paz sobre a terra que precederá o fim.
4. Crescimento paulatino do Reino
5. No fim do milênio haverá um período de apostasia com a vinda do anticristo.
6. O “milênio” terminará com a volta pessoal e física de Jesus.
7. Com a volta de Jesus haverá a ressurreição de justos e injustos simultaneamente e pelo julgamento atribuição dos estados finais de cada um(Nova Jerusalem ou Lago de Fogo.
Esquema pós-milenista:
b) Amilenista; declara que não haverá um milênio literal, este milênio seria algo atemporal de alguma forma um estado,mais do que um período. Características principais:
1. Segunda vinda de Cristo inaugura o tempo final para crentes e não-crentes de maneira final(não intermediária como dizem os milenistas).
2. Os mil anos de Apocalipse 20 são simbólicos e não-literais.
3. As duas ressurreições do texto(Ap 20) não são físicas.
4. Interpretação de um modo geral não literalista
5. Pessimistas quanto ao futuro da Terra e da humanidade(poderia se dizer realista em relação ao texto Bíblico.
6. Iminência(a qualquer hora) da segunda vinda.
Esquema Amilenista:
c) Pré-milenista; o pré-milenista de uma maneira geral crê que haverá um milênio literal de Cristo que será inaugurado com a segunda vinda de Cristo e precedido pelo arrebatamento da igreja. Há duas correntes básicas deste pensamento: dispensacionalista e histórico.
Características comuns as duas correntes:
1. Reino terrestre de Cristo, onde a paz, retidão e justiça reinarão entre os homens e será estabelecido pela sua segunda vinda (Ap 20: 1-15).
2. Volta abrupta(repentina) como foi sua ida(At 1: 9-11 e IIPe 3: 10).
3. Deterioração das condições espirituais na Terra ou grande Apostasia (Mt 24: 12 e IITe 2: 3).
4. Aparição do Anticristo; ou iníquo; ou abominável da desolação(ITe 2: 7-12).
5. Uma grande tribulação antecederá logo a vinda do Senhor(Mt 24: 21-23).
6. Prisão de mil anos de satanás e “seguidores” por inferência(Ap 20:2) e depois sua derrota final onde são lançados no lago de fogo e enxofre(Ap 20: 10).
7. Duas ressurreições literais e distintas em seus personagens, serão físicas ou corpóreas. No início dos mil anos os cristãos ressuscitam(primeiro os que dormem e depois nós os que estivermos vivos) e no final deles os ímpios ressuscitam para julgamento final (Ap 20: 4-6 e ITe 4: 13-18).
Esquemas pré-milenistas:
*Quanto à Tribulação (Grande Tribulação; GT):
I) Pré-tribulacionista; Crêem que Cristo voltará antes da Grande Tribulação e a Igreja é arrebatada neste momento e fica nos ares com Cristo durante sete anos(destes fazem parte os dispensacionalistas). Onde os Judeus convertidos, os 144.000, estariam pregando o evangelho, esta visão é essencialmente dispensacionalista. Eles fazem distinção de dois eventos na 2ª Vinda: arrebatamento e revelação.
II) Mid-tribulacionista(ou meso-tribulacionista); diz que a igreja será arrebatada no meio da tribulação(Dn 7; 9: 27), ficando três anos e meio com Cristo nos ares.
II) Pós-tribulacionista. A igreja será arrebatada no final da grande tribulação, sendo guardada em meio a ela e não fora dela, com a volta de Jesus em um só evento e inauguração dos mil anos(pré-milenismo histórico).
Textos básicos sobre o assunto:
Daniel 7 – 12. Mateus 24 – 26. I Tessalonicenses 4: 13 - 18, 5: 1–11. II Tessalonicenses 2: 1–16. II Pedro 3: 1 - 14. Apocalipse 1– 22.
Bibliografia básica: Leonir Oliveira; Teologia Cristã em Quadros, H. Waine House Ed Vida; Opções Contemporâneas na Escatologia, Milard Erickson, Ed Vida Nova(muito bom o livro); Enciclopédia de Bíblia T. e F., Russel Noman Champlin, Ed Hagnos. Wayne Gruden Teologia Sistemática; Ed Vida Nova.
ARQUEOLOGIA EM JERUSALÉM
ARQUEOLOGIA
EM JERUSALÉM
Arqueologia
é uma palavra derivada de dois vocábulos gregos que significam antigo e estudo.
A arqueologia tem sido como a ciência que estuda monumentos e vestígios de
civilizações antigas. A etimologia a
conceituaria como a “ciência do antigo”. Os arqueólogos são aqueles que estudam
o passado e que trazem à tona importantes sítios históricos. Uma conceituação moderna da Arqueologia
apresentaria necessariamente como a disciplina que estuda os sistemas
socioculturais extintos, em sua estrutura, funcionamento e mudança, por
intermédio exclusivo ou preponderante dos restos materiais por eles deixados. A arqueologia Bíblica interessa-se, especialmente, na
repercussão que as descobertas arqueológicas posam ter na história bíblica,
seja para comprovar, suplementar, ou ilustrar os fatos ali arquivados. A
arqueologia tem a finalidade de provar que “a Bíblia é verdadeira”? Não exatamente. O que é verdadeiro é que a arqueologia tem
aumentado nossa confiança nos amplos esboços do relato bíblico. As descobertas
arqueológicas têm sustentado muitas declarações específicas no texto sagrado1.
Arqueologia Bíblica na Cidade de Davi que é considerada a parte mais antiga de
Jerusalém. Ela está situada sobre uma formação montanhosa na parte sudeste à
atual cidade velha de Jerusalém nos dias de hoje. A arqueologia bíblica é um
ramo da arqueologia especializado em estudos dos restos materiais relacionados
direta ou indiretamente com os relatos bíblicos e com a história das religiões
judaico-cristãs. A região mais estudada
pela arqueologia bíblica, na perspectiva ocidental, é a denominada Terra Santa,
localizada no Médio Oriente 2.
Arqueologia cristã é um ramo da arqueologia que estuda o Cristianismo dos seis primeiros séculos, através da recuperação,
documentação e análise de traços materiais remanescentes da Antiguidade Tardia - na arquitetura, nos artefatos, assim como em restos
biológicos e humanos - que possam elucidar questões relativas à origem do
Cristianismo, à vida dos primeiros cristãos e suas relações com os não cristãos 3 4 5.
Comentários
de arqueólogos e historiadores
George Ernest Wright:
"Neste campo, raras vezes podemos trabalhar com certezas. Antes, é
necessário elaborar hipóteses, as quais sempre possuem maior ou menor grau de
probabilidade. A verdade nelas baseia-se na habilidade dos arqueólogos de
interpretar e conjugar uma variedade de dados discrepantes, mas, a qualquer
momento, uma informação nova pode tornar necessário mudar determinada hipótese, ou fazer o perito expressá-la de modo
um pouco diferente." —
Shechem, The Biography of a Biblical City (Siquém, a Biografia Duma Cidade
Bíblica), 1965, prefácio, p. xvi.(it-1 p. 611 Cronologia);
J.K. Eakins num ensaio de 1977:"O
propósito da arqueologia bíblica é iluminar os textos bíblicos e seus conteúdos
através da investigação arqueológica do mundo bíblico." - J.K. Eakins6
Bryant G. Wood escreveu: ‘'"O propósito da
arqueologia bíblica é aumentar nossa compreensão da Bíblia e por tanto, seu
grande legado, do meu ponto de vista, tem sido a extraordinária iluminação do
período da monarquia israelita".7
I. Bradshaw comentou
numa declaração sobre a arqueologia bíblica:"É universalmente aceite
que o propósito da arqueologia bíblica não é provar a Bíblia, no entanto,. a
arqueologia lança luz na história, e por isso é tão importante para os estudos
bíblicos"8
William Dever,
arqueólogo norte-americano professor de arqueologia do Oriente, contribuiu no
artigo "Arqueologia" no The
Anchor Bible Dictionary. O mesmo reitera sua percepção dos efeitos
negativos da estreita relação que tem existido entre a arqueologiasírio-Palestina e
a arqueologia bíblica da Terra Santa, o que tem levado especialmente
os arqueólogos estadunidenses que atuam neste campo, a se retirarem frente "à nova arqueologia processual, . (dos anos 1970 e 80), antes que
pudessem compreendê-la"9(p. 357). William Dever
descobriu que a arqueologia sírio-Palestina tem sido tratada nos institutos
estadunidenses como uma subdisciplina de estudos bíblicos. Esperava-se que os
arqueólogos estadunidenses tratassem de "prover evidências históricas
válidas dos episódios da tradição bíblica" nesta região. De acordo com
Dever, "o mais ingênuo (sobre a arqueologia sírio-palestina), é que a
razão e o propósito desta, seria simplesmente a de elucidar a Bíblia nas terras
da Bíblia "10 (p. 358).
William Dever, escreveu: "Já faz uma geração que os
arqueólogos bíblicos falam com confiança da "revolução arqueológica"
de William F. Albright. Esta seguramente realizaria nossa compreensão e
apreciação da Bíblia e sua mensagem atemporal - a qual foi pensada para ser
absolutamente essencial a nossa querida condição cultural ocidental. A Bíblia e
a "Cultura Ocidental" como foram concebidas anteriormente, lutam por
suas vidas. A arqueologia moderna não só pode ajudar a confirmar a tradição
antiga, mas pelo que parece, também trata de miná-la. Este é um segredo, bem
guardado, dos arqueólogos profissionais. A "revolução arqueológica"
em sua moderna critica, tem como objetivo trabalhar tanto o extremo cepticismo
como a ingênua credulidade. Não se pode voltar ao tempo na qual a arqueologia
presumia "provar a Bíblia". A arqueologia como se pratica na
atualidade deve ter a capacidade de desafiar, e confirmar, os relatos bíblicos.
Esta moderna arqueologia crítica, afirma que as narrações bíblicas sobre
Abraão, Moisés, Josué e Salomão provavelmente refletem alguns personagens
históricos que fizeram parte de povos e lugares passados, mas segundo eles, os
"grandes personagens" da Bíblia seriam irreais e contraditos pelas
evidências arqueológicas. Afirmam que alguns antecessores dos israelitas teriam
escapado a escravidão do Egito, mas não teria ocorrido uma conquista militar de Canaã, e que muitos, senão quase todos os
israelitas, nos tempos da monarquia, seriam politeístas. O monoteísmo teria
sido apenas um ideal dos escritores bíblicos. Na verdade, a arqueologia não
pode explicar o significado dos supostos eventos descritos na Bíblia. Essa é
uma decisão inteiramente pessoal.. A arqueologia não pode responder a esta
pergunta. Esta só pode dar sua visão."11 (Dever, 2006).
Biblical
Archaeology Review: "A
evidência arqueológica, infelizmente, é fragmentária, e, portanto,
limitada." – Biblical
Archaeology Review12
Yohanan Aharoni,
professor de Arqueologia, presidente do Departamento de Arqueologia e Estudos
do Oriente e presidente do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel-Aviv, escreveu seis livros, e participou das
descobertas da Caverna de Bar-Kochba, durante as escavações na região do Mar Vermelho, em 1953.13
Yohanan Aharoni explica: "Quando se trata de interpretação
histórica ou histórico-geográfica, o arqueólogo sai do domínio das ciências
exatas, e precisa depender de critérios e hipóteses para chegar a um quadro
histórico compreensivo. Sempre devemos lembrar, portanto, que nem todas as
datas são absolutas e são em variados graus suspeitas".14
A Enciclopédia Arqueológica da Terra Santa cita o valor da arqueologia: "A arqueologia provê uma amostra de antigas
ferramentas e vasos, muros e prédios, armas e adornos. A maioria destes pode
ser posta em ordem cronológica, e com segurança identificada com termos
apropriados e contextos contidos na Bíblia. Neste sentido, a Bíblia preserva
com exatidão, em forma escrita, seu antigo ambiente cultural. Os pormenores das
histórias bíblicas não são o produto fantasioso da imaginação dum autor, mas,
antes, são reflexos autênticos do mundo no qual ocorreram os eventos
registrados, desde os mundanos até os miraculosos."15
William Foxwell
Albright representava
uma escola de pensamento quando escreveu: "Tem havido um retorno geral
ao apreço da exatidão da história religiosa de Israel, tanto no aspecto geral
como nos pormenores factuais. . . . Em suma, agora podemos novamente tratar a
Bíblia do começo ao fim como documento autêntico de história religiosa."16 "Não é exagero enfatizar-se
fortemente que, a bem dizer, não há nenhuma evidência, no antigo Oriente Próximo, de falsificação documentária ou
literária."17
Historiador Will Durant: "No entusiasmo de suas
descobertas, a Alta Crítica tem aplicado ao Novo Testamentotestes de autenticidade tão
severos que por meio deles uma centena de antigas pessoas ilustres — e.g., Hamurábi, Davi, Sócrates —
virariam lendas."18
DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS EM ISRAEL
A Cidade Velha de
Jerusalém é como um museu, carregada de patrimônio. A cada ano dezenas de instituições realizam
escavações arqueológicas nas terras citadas da Bíblia.Algumas dessas escavações
chamam a atenção por permitir organizar
as informações importantes que nos ajudam a entender melhor o mundo
bíblico em seu contexto social.
1)Descobertas em Jerusalém ruínas de grande
hospital da época das cruzadas. Arqueólogos israelitas identificaram o
edifício na Cidade Velha e acreditam que tem mil anos. Estimam que tenha chegado
a acolher dois mil doentes, independentemente da sua religião. Agora, depois de
anos de trabalhos de restauro e investigação, as ruínas vão ser incluídas num
novo restaurante, a inaugurar no final de 2013. O que resta do velho hospital,
que cobriria pelo menos uma área equivalente a um campo de futebol e meio, foi
identificado no centro do bairro cristão da Cidade Velha de Jerusalém, segundo
o diário espanhol ABC, numa estrutura que antes era usada como mercado de
frutas e legumes. Os grandes arcos e
colunas, o pé direito de seis metros de altura e a divisão do espaço em grandes
e pequenas salas dá pistas preciosas em relação à sua dimensão e ao seu uso.
Pistas que se tornam mais relevantes quando cruzadas com fontes escritas da
época, na sua maioria em
latim. Dizem os documentos
recolhidos pela equipe de arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel,
liderada por Renee Forestany e Amit Reem, que na área existia um sofisticado
hospital, mandado construir por uma ordem militar cristã (Ordem de São João do
Hospital em Jerusalém) e com capacidade para duas mil pessoas, que atendia todo
o tipo de pacientes, independentemente de idade, género ou religião. Tal como
as unidades hospitalares de hoje, estaria dividido em alas e em especialidades. As fontes mostram ainda que
funcionava também como orfanato, recebendo crianças que perdiam os pais ou que
eram simplesmente por eles deixadas ao cuidado dos monges. Muitas dessas
crianças viriam a trabalhar para a ordem mais tarde, e alguns dos rapazes chegaram
mesmo a combater ao lado dos cruzados.19
2) Santuários
de culto em Khirbet
Qeiyafa : Descoberta feita em 2011, mas anunciada no
início da primavera de 2012, pelo arqueólogo Yosel Garfinkel, da Hebrew
University (Universidade Hebraica). Os santuários são evidências de culto antes
e o Templo de Salomão. Trata-se de santuários sem imagens de culto, que são
diferentes dos santuários cananeus e em conformidade com as tradições do
judaísmo. Khirbet Qeiyafa fica sobre o Vale de Elah, cerca de 20 km ao sudoeste de
Jerusalém.
3) Reservatório
de água do período do Primeiro Templo: Esta cisterna está localizada a
sudoeste do Monte do Templo, em Arco de Robinson. Com sua capacidade de 66 mil
litros, esta descoberta fornece novas informações sobre o consumo de água na época
do Primeiro Templo de Jerusalém.
4) Selo
de Jerusalém: Um
selo real, que diz: “Pertencente a Matanyahu Ben Ho”, este selo foi encontrado
perto de Arco de Robinson nas ruínas de um edifício do período do Primeiro
Templo.
5) Um
escaravelho egípcio: Este
escaravelho foi encontrado em Jerusalém, pouco antes da Páscoa de 2012. Ele
retrata a imagem de um pato, que é o nome do deus sol Amon-Ra. Ela é datada do
século 13 a .C.,
logo após o período Amarna
6) Trigo de 3.400 anos de Hazor: O trigo foi descoberto em 14 jarros
de argila, queimados, mas não destruídas, há 3.400 anos. Este é uma das mais
importantes escavações em curso em Israel, no local de uma das mais importantes
cidades antigas do país.21
7) Porto helenístico de Akko: Os arqueólogos estão escavando os restos
do porto, que foi o mais importante de Israel nos séculos imediatamente antes
do nascimento de Cristo.21
8) O selo de Baruque. Caríssimos irmãos e irmãs, a descoberta do selo
de Baruque desponta como sendo um exemplo de achado arqueológico que confirma a
Bíblia Sagrada! Em 1975, esta descoberta
provou a existência do secretário e confidente de Jeremias… Este artefato foi encontrado juntamente com
outros selos, em uma loja árabe de antiguidades, em Jerusalém. Atualmente ,
as 50 peças desta coleção estão no Museu de Israel e foram datadas do fim do
sétimo ou do começo do sexto século a.C, antes da destruição da cidade de
Jerusalém. Dentro desta coleção há duas peças que se acredita ter pertencido a
Baruque. Em exibição naquele museu, vemos nas três linhas escrito:
Berekhyauhuh, o filho de Neriyauhuh, o escriturário. A Bíblia nos diz que Deus instruiu o profeta
Jeremias para escrever um rolo com uma profecia contra o rei. O secretário de
Jeremias, Baruque, escreveu tudo o que Jeremias lhe ditou. Depois de ler o rolo no templo, Baruque foi
instruído a lê-lo de novo perante os altos funcionários da corte real. Estes
funcionários (Elishama era um deles) eram até certo ponto simpáticos àquela
mensagem, mas temiam por Baruque. Aconselharam-no a se esconder (Jeremias
36:19). Quando o rolo foi lido perante o rei, ele ordenou que fosse destruído e
Yerehme’el, com outros dois funcionários, recebeu ordem de prender Baruque e o
profeta Jeremias.
9)Peças
de ouro, prata e jóias são achadas em Jerusalém! Em dia 9 de
setembro de 2013, foi anunciada publicamente pela Universidade Hebraica, à
descoberta realizada pelos arqueólogos israelenses de dezenas de peças de ouro,
prata e jóias na Cidade Velha de Jerusalém…
Este tesouro de 36 peças de ouro, um medalhão dourado com um
candelabro judaico entalhado e, várias jóias em ouro e prata que datam da época
do Império Bizantino são “uma descoberta impressionante, que só acontece uma
vez na vida”, conforme as declarações prestadas pela diretora de escavações,
Eilat Mazar. O material foi descoberto a
50 metros
do muro sul da Esplanada das Mesquitas, chamada por muitos judeus de Monte do
Templo e venerada como local sagrado dos antigos reis Salomão e Herodes. Além das peças e das moedas, o medalhão
encontrado possui o desenho de um menorá, o que indica que estava ligado ao
judaísmo! Porém, Eilat acredita que provavelmente era parte da decoração de uma
cópia da Torá, livro da Lei lido regularmente nas sinagogas. Parece lógico, uma
vez que o outro símbolo gravado no medalhão era um rolo da Torá. Segundo a diretora, as escavações naquela
área já possibilitaram a descoberta de vários objetos da época do Templo de
Salomão, destruído pelos babilônios no ano 586 a .C., segundo a tradição
judaica. “…o tesouro foi abandonado e
seu proprietário nunca conseguiu recuperá-lo”, disse Eilat baseando-se na forma
como estas peças, moedas e o medalhão foram encontrados, dentro de um contexto
histórico que envolveu a conquista persa àquela cidade no ano 614 d.C.
Descobertas como estas são importantes e trazem contribuições
valiosas para a arqueologia de Jerusalém!21
10) Fragmento de esfinge egípcia é encontrado em Israel. Caríssimos
irmãos e irmãs, alguns dos pesquisadores mais competentes do Instituto de
Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram no norte de
Israel um fragmento de uma antiga esfinge egípcia com as patas dianteiras de
uma criatura mítica… A descoberta foi
feita pelo professor Amnon Ben-Tor e pela doutora Sharon Zuckerman, que
encontraram perto dos armazéns do palácio destruído de Hazor, o fragmento com
uma inscrição hieroglífica mencionando o nome do faraó Miquerinos, da IV
dinastia, que governou o Egito há cerca de 3.400 anos e foi um dos construtores
das famosas pirâmides de Gizé. “Em nenhum lugar foi encontrada uma esfinge de
faraó egípcio tão monumental no Levante (região compreendida entre Israel,
Líbano e Síria) e do porte que esse fragmento revela”, disse a doutora Daphna
Ben-Tor, curadora de cultura egípcia no museu de Israel. O fragmento feito de
granito tem cerca de meio metro de comprimento por cerca de 40 centímetros de
altura e pesa cerca de 40 kg .
Acredita-se que a estátua original pesava cerca de 500 kg .
Mas como explicar a presença de uma esfinge de faraó no norte de
Israel? O mais provável de várias
hipóteses formuladas pelos pesquisadores é que a estátua chegou ao atual
território israelense, no segundo milênio a.C., quando o Egito governou os
hicsos, um povo asiático nômade. As
escavações no sítio arqueológico de Tell Hazor foram iniciadas na década de
1950 e retomadas em 1990 após uma interrupção de duas décadas. Em 2010, a equipe de Amnon
Ben-Tor também descobriu um código de leis com 3.700 anos, composto de escrita
cuneiforme e, idêntico ao famoso Código de Hamurabi, produzido na Mesopotânia.22
- See more at: http://www.diariodasalvacao.com.br/?p=6024#more-6024
Referências
1 Apostila Introdução
Bíblica I – Prof. Renato Maia, Seminário Teológico Betel.
2 Palestine Exploration
Fund
3 Sítio de
Arqueologia Cristã da Universidade de Heidelberg http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia_crist%C3%A3
4 Sítio de Arqueologia Cristã da
Universidade de Göttingen http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia_crist%C3%A3
5 Sítio do Instituto Pontifício de
Arquelogia Cristã http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia_crist%C3%A3
6
J.K.
Eakins num ensaio de 1977 emBenchmarks in Time and Cultura.
9
The
Anchor Bible Dictionary, Archaeology, W. Dever, p. 357
10 op.cit.
Dever, p.358
11 The
Western Cultural Tradition Is at Risk (A cultura ocidental está em perigo),
Dever, W., em
Biblical Archaeology Review , Março/Abril, 2006, volume 32, No
2, pp. 26 - 76
12 Biblical
Archaeology Review, Janeiro/Fevereiro de 1988, p. 54
14
The
Land of the Bible—A Historical Geography, de Yohanan Aharoni, 1979, p. 98
15 The
Archaeological Encyclopedia of the Holy Land (A Enciclopédia Arqueológica da
Terra Santa); gm Cap. 4 p. 44 Pode-se crer no Antigo Testamento?
16
cap.
4 p. 53 par. 32 Pode-se crer no Antigo Testamento?; History, Archaeology, and
Christian Humanism, de William Foxwell Albright, 1964, pp. 294-296.
17
(W.
F. Albright, em From the Stone Age to Christianity)
18
Gm w86 15/6 p. 13 - Livro César e Cristo
19
http://www.publico.pt/ 05/08/2013 - Descobertas em Jerusalém ruínas de grande
hospital da época das cruzadas
20 Gnotícias – maiores descobertas
arqueológicas em arqueologia bíblica descobertas em 2012 http://noticias.gospelmais.com.br/10-maiores-descobertas-arqueologia-biblica-2012-48227.html
22 http://www.diariodasalvacao.com.br/?p=6024#more-6024
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