C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

sábado, 11 de dezembro de 2010

O verdadeiro conhecimento de Deus (II Pedro 1:2-21)

O verdadeiro conhecimento de Deus (II Pedro 1:2-21)

O verdadeiro conhecimento é concebido como um dom de Deus através do Seu poder e das Suas promessas. Isto faz de cada pessoa alcançada pelo poder do evangelho participante da natureza divina.  Com o conhecimento o homem tem como resultante o crescimento em busca de uma plenitude de experiência do reino celestial.  O testemunho pessoal é a base desse conhecimento de todo aquele que conhece a Cristo como seu Senhor e Salvador, como também na revelação das Escrituras que veio através da insuflação direta e do domínio do Espirito Santo em sua vida.
Na segunda carta de Pedro, é uado tanto gnôsis, "conhecimento experimental", quanto epígnosis, "conhecimento experimental adicional ou pleno."  Isto é particularmente importante quando sabemos que em grego usa-se a palavra "oida" para conhecimento por informação, e "gnosis", para conhecimento por experiência própria.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Teologia Pentecostal

(anotações de aula no curso de Bacharel em Teologia na disciplina de Teologia Contemporânea II no Seminário Teologico Betel RJ com o Prof. Henrique Araujo).

Apesar de ser um moviemtno considerado, via de regra, da Idade Moderna, autores como Campos¹ traçam uma linha histórica que, iniciando no Pentecostes ocorrido na igreja primitiva, passando pelo Montanismo (150 d.C.), Tertuliano (155-200 d.C.) e John Weley (1703-1791 d.C.), culminaria no "século pré-pentecostal" (século XIX) com Moody, Torrey, Mahan e Scofield.
O Pentecostalismo encontra raiz no pentecoste tendo uma linha histórica até os nossos dias.
Em 1901, Charles Fox Parham(1873-1929) é considerado, por muitos, como fundador do Movimento Pentecostal, quando em Topeca (em Kansas), seus alunos começaram a falar em línguas, atribuindo o fenômeno ao batismo no Espírito Santo. Foi fundador e único professor do Bethel Biblie College.  Para outros, Willian Joseph Seymour (1870-1922), em 1906, em Los Angeles, seria seu fundador.  Seymour sentiu-se carente de formação teológica, foi frequentar a escola de Parhan e convenceu-se dos ensinamentos acerca do Espírito Santo. Seguiu para Los Angeles, de onde recebeu o convite para assumir  o pastorado de uma igreja Holiness. A Igreja fechou.  As reuniões continuaram na casa dos irmãos, até que, em uma das casa da Rua Azuza, as reuniões passaram a chamar a atenção após matéria do jornal Los Angeles Times. A partir daí as reuniões ficaram gravadas na História ².
No Brasil, as denominações mas antigas são as Assembleia de Deus e COngregação Cristã do Brasil. A Assembleia de Deus é iniciada no Brasil em 1911, fundada pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, no Pará, sob o nome de Missão de Fé Apostólica (MFA).  Estas igrejas são consideradas "pentecostais de primeira geração". Posteriormente, surgem no Brasil a Igreja do Evangelho Quadrangular (1953)³, "O Brasil para Cristo" (1956) e a Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962). Estas igrejas são reconhecidas como Igrejas pentecostais de segunda geração, junto com a igreja Casa da Benção organizada em 1964.
Os "pentecostais de terceira geração" são também conhecidos como "neo-pentecostais", dentre os quais, podem ser mencionados: Igreja de Nova Vida(1960), Igreja Universal de Deus (1977), Igreja Internacional da Graça de Deus (1980) e a Igreja Cristo Vive (1980). Além destes, inúmeros outros segmentos denominacionais neo-penteconstais atuam fortemente no Brasil. Fala-se ainda em grupos "pós-pentecostais" contemporâneaos, que perfariam um grupo de "pentecostais de quarta geração".

I - Pentecostalismo  1° geração: 
            *  Pentecostalismo Classico:  considera o batismo como 2° benção + Glosalalia (Igreja Quadrangular, Igreja Assembleia de Deus, Deus no Brail)
            * Carismático: Batismo no Espírito Santo pode ser posterior, Neo Pentecostal
            * Cessacionista: I Cor 3.8 - Donse de professias teriam cessado ( Igreja Batista e Igreja Presbiteriana)
II - Pentecostalismo  2° geração
            * Cura divina
            * décadas 50 a 70
            * Igreja Deus é Amor, Igreja Casa da Benção
II - Pentecostalismo 3° geração:
            * década de 80
            * Igreja Universal, Igreja Internacional, Igreja Cristo Vive, Igreja Nova Vida.
A teologia pentecostal confunde-se com sua história. Desde os tempos de Dwight Lyman Moody a teologia pentecostal aparece em formação.  Moody fundou o Instituto Bíblico Moody (1837-1898) através do qual influenciou toda uma geração de pastores. Charles Finney (1972-1875) e Asa Mahan (1799-1889) publicaram o livro O batismo com o Espírito Santo. Ruben A. Torrey (1856-1928) foi também presidente do Instituto Bíblico Moody e publicou o livro O batismo com o Espírito Santo (1895). Cyrus I. Scofield (1843-1921) popularizou a Teolgia da Dispensação através das notas de comentário de rodapé de sua Bíblia, que tornou-se ponto característico da Teologia pentencostal. Nas segunda metade do século XIX, Keswick tronou-se centro irradiador da proposta teológica da separação entre a experiênica de santificação (segunda bênção) e o batismo com o Espírito Santo (terceira bêção). Posteriormente, o conceito das três bênçãos foi abandonado pelos pentecostais e adicionado o sinal visível que indica se alguém recebeu o batismo com o Espírito Santo, o falar em línguas.
  Após diversos movimentos antecessores do pentecostalismo, segundo Lemos, podem-se citar coo ensinos e traços teológicos moldadores do pentecostalismo do séuclo XX:
       * A aceitação como verdade que os princípios teológicos e doutrinários não são tão importantes quanto os apectos práticos da vida cristã, resultando em uma mentalidade prática e antiintelectualista;
       * A centralização da religião cristã nso sentimentos e emoções;
       * A preocupação com a conversão de outros para a sua denominação como condição para a salvação;
       * Simplificação da religião cristã para que os seus elementos básicos fossem aceitos até pelas pessoas de pouca cultura;
       * Ênfase no trabalho leigo em detrimento da existência de u clero profissional;
       * Educação teológica abandonada, deslocada para patamares inferiores, ou, quando mantida, tornada mais instrumental.
    Nas mais recentes obra sistemática teológica conjunta pentecostal do Brasil é possível ter uma visão bastante pontual e contemporânea do pensamento teológico pentecostal do Brasil, por todos os autores serem brasileiros e estarem enumerados entre os principais "doutrinadores" pentecostais em atividade no solo tupiniquim.
    A Teologia Sistemática Pentecostal conta com nove autores e é dividica nos dez temas classicos cujas temáticas são abordadas nos seminários em geral: bibliografia, teologia, cristologia, pneumatologia, antropologia, hamartiologia, soteriologia, eclesiologia, angelologia e escatologia. Cada autor foi responsabilizado por uma temática (cada qual ocupando um capítulo), à exceção de Antônio Gilberto, responsável por duas temáticas. A perspectiva doutrinadora aparece clara nesta obra, trazendo, até mesmo, exercícios a serem aplicados em classe no final de cada capítulo, com uma proposta evidentemente manualística, indo contra a tendência contemporânea anti-manualística.
  


¹ CAMPOS, \leonildo Silveira. Raízes Históricas, SOciais e Teológicas do Movimento Pentecostal. Em SIMPÓSIO, n°48, nemvembro de 2008. São Paulo: ASTE, p,5
² A Igreja do Evangelho Quadrangular teve seu início em 1922 nos Estados Unidos, por meio de Aimeé Semple McPherson. Assm, de maneira global ela é considerada pentecostal de primeira geração, enquanto no Brasil, pertence ao pentecostalismo de segunda geração.  Para alguns, a IEQ é a igreja que marca a transição do pentecostalismo de primeira geração(pentecostalismo classico) para o pentecostalismo de segunda geração (pentecostalismo de cura divina).
³  CAMPOS, \leonildo Silveira. Raízes Históricas, SOciais e Teológicas do Movimento Pentecostal. Em SIMPÓSIO, n°48, nemvembro de 2008. São Paulo: ASTE, p,6