C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A atenção integrada às doenças crônicas na infância - artigo

http://www.paho.org/spanish/ad/fch/ca/si-felicidade_por.pdf


Breves considerações sobre doenças crônicas

       Sem deixar de reconhecer o espectro crescente de doenças e problemas de saúde que integram
este capítulo, faremos algumas considerações relativas a certo grupo de patologias crônicas que
afetam a infância. A omissão de algumas (como o diabetes ou certas doenças metabólicas e neurológicas) não quer dizer que sejam ignoradas, mas escapam ao sentido desta secção.

Câncer: embora a incidência de câncer na infância seja menor quando comparada com
a da população adulta, o número de mortes infantis causadas por essa doença é bastante significativo, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. Os tipos de câncer mais freqüentes no grupo infantil incluem as leucemias linfocíticas agudas, as histiocitoses, os neuroblastomas, o sarcoma de Ewing (osso), o tumor de Wilms (renal) e os linfomas. Em geral, a incidência mais alta é observada aos 6 anos de idade, variando, porém, de acordo com o tipo de tumor. Além da idade, há certos fatores de risco condicionados à história familiar, associando-se a complexos malformativos e a doenças
hereditárias. Os fatores genéticos são uma clara expressão de como certas aberrações
cromossômicas têm seu correlato no aparecimento de tumores malignos. A tipificação genética do tumor é uma poderosa ferramenta que tende a facilitar sua caracterização, comportamento e prognóstico. Os fatores ambientais—produtos químicos ou agentes físicos como as radiações—compõem outro grupo de fatores de risco reconhecidos. Por fim, a interação infecção-câncer foi utilizada como outro mecanismo explicativo dessa patologia. Por exemplo, associou-se a infecção pelo vírus de Epstein-Barr ou HIV ao aparecimento posterior de algum tipo do câncer.
      A tendência em matéria de sobrevida aumentou independentemente do tipo de tumor, o que gerou a necessidade de contar com recursos que favoreçam o acesso e o tratamento integral de crianças afetadas por essa doença 7.
      As crianças com doenças crônicas e incapacidades são mais maltratados em comparação com a
população geral. Existem condições associadas à incapacidade que merecem ações preventivas
(por exemplo, condições associadas a barreiras ao acesso, questões de estigmatização). As doenças
crônicas afetam a saúde mental de meninos/as e suas famílias, fundamentalmente em função de
questões emocionais. A crescente necessidade de tecnologias gera brechas de desigualdade entre
aqueles que podem gozar de uma atenção de qualidade e aqueles que não podem. Uma vez mais,
vemos que aqui se levanta uma questão de direitos individuais tendentes a proteger os interesses
da população de crianças com necessidades especiais.
   A abordagem dos problemas de incapacidade, assim como a da maioria dos problemas crônicos,
requer uma participação interdisciplinar (pediatria, enfermagem, psicologia, assistência social,
fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, magistério, etc.) e intersetorial (serviços sociais,
de saúde e educação e organizações da sociedade civil).





5 Caraveo-Anduaga et al. Síntomas, percepción y demanda de atención en salud mental en niños y adolescentes de la
Ciudad de México. Salud Pública de México. 2002, 44 (6): 492-98.
6 Comprehensive Community Mental Health Services for Children and Their Families Program. Child Adolescent and
Family Branch. Center for Mental Health Services. US Department of Health and Human Services. 1998 Series
7 Stiller C.A. Malignancies. Em: The epidemiology of childhood disorders. Pless I.B. Oxford University Press. 1994.

I Workshop de Instituições Proponentes do Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil etapa 2011

Instituto Ronald McDonald Realiza Workshop sobre o Diagnóstico Precoce


Sex, 08 de Julho de 2011 09:36
Encontro será o primeiro com as instituições selecionadas de acordo com o edital 2010-2011



O Instituto Ronald McDonald realiza nos dias 8 e 9 de julho, no Hotel Mirador, no Rio de Janeiro, o I Workshop de Instituições Proponentes do Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil etapa 2011. Participarão 13 instituições dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Ceará, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Espiríto Santo.
O Programa Diagnóstico Precoce foi desenvolvido pelo Instituto Ronald McDonald, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope). O Programa tem por objetivo capacitar profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como os médicos do SUS que sejam referência para o atendimento de crianças e adolescentes.
Lançado em 2008, o programa tem como objetivo capacitar profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como os médicos do SUS que sejam referência para o atendimento de crianças e adolescentes, para que possam suspeitar adequadamente de casos de câncer em crianças e adolescentes. Em 2009 foram capacitados 2.606 profissionais em oito estados brasileiros que contribuíram com o rápido diagnóstico de cerca de 18 casos de câncer. Em 2010, o Programa Diagnóstico Precoce foi ampliado para 13 instituições de dez estados brasileiros capacitando 3767 profissionais. Na etapa 2011 serão 13 projetos de 11 estados brasileiros. Ao longo do ano, a expectativa é que mais de 6 mil profissionais da rede de atenção básica à saúde sejam capacitados.