C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

sábado, 17 de setembro de 2011

Humanização e os Hospitais Brasileiros: experimentando a construção de novos paradigmas e novas relações entre usuários, trabalhadores e gestores

UMA PUBLICAÇÃO DA Associação Médica de Minas Gerais – AMMG • Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais – CRM-MG

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/revista_medica_mg.pdf


A opção por se tomar a humanização como política pública no SUS
foi motivada pela necessidade para afirmá-la como valor do cuidado e
da gestão em saúde e, portanto, como conceito orientador das práticas
de  saúde.  Para  ampliar  as  experiências  de  humanização  nos  equipamentos  da  rede  SUS,  entre  os  quais  os  hospitais,  foi  criada  em  2003  a
Política Nacional de Humanização (PNH), com o objetivo de deflagrar
movimento político-institucional e social que alterasse os modos de gestão e de cuidado em saúde, ampliando a capacidade da rede SUS produzir mais e melhor saúde aos cidadãos e dignificar o trabalho em saúde.
Para alcançar tal efeito, de imediato, se coloca a questão do “como
fazer”, da questão de método. Como alterar os modos de gerir e de cuidar
instituídos nas organizações de saúde, avaliados como pouco efetivos
para a produção de saúde? Como ultrapassar relações sociais, políticas
e clínicas tão marcadas pelos interesses corporativos e de segmentos sociais e econômicos, que transformam muitas vezes o cuidado em saúde
em atos desprovidos de sentido? Como contornar as relações marcadas
pelo pouco diálogo e pelo autoritarismo imposto pelas desigualdades
nas relações de poder e nas relações entre sujeitos nas práticas de saú-
de? Como restituir aos cidadãos maior autonomia no cuidado de si?

A  Política  Nacional  de Humanização,  longe  de  apresentar  respostas
prontas para estas questões, apresenta um método, ou seja, uma estraté-
gica para enfrentar e lidar com aquilo que tem sido designado “desumanização”. Para reverter a tendência da reprodução de práticas que atentam contra a dignidade do cuidado e da gestão é necessário reverter a
principal força que mantém e reproduz estes problemas: a exclusão. Reverter a exclusão requer a construção de estratégias de inclusão, ou seja,
forçar a passagem de outras perspectivas, abordagens, interesses e necessidades nas relações clínicas e nos processos de gestão do trabalho, permitindo maior incidência e interferência dos sujeitos nestas relações.O modo de fazer inclusivo é o método da Política de Humanização. Humanizar é incluir. Incluir é forçar a produção de novos modos de cuidar, novos modos de organização do trabalho, mais plurais e heterogêneos,  os  quais  se  imaginam mais  potentes  para  a  produção  de saúde e para a dignificação do trabalho.Isto parece tarefa simples, mas não é. Incluir é enfrentar práticas de
poder enraizadas nas relações do campo da saúde que foram criando culturas institucionais, atitudes e comportamentos que tornaram naturais  alguns  efeitos  de  relações  muito  desiguais.  Esta  desigualdade pode significar para os cidadãos a expropriação da autonomia no cuidado de si, como por exemplo, sua exclusão na escolha de tratamentos e a não consideração de suas opções

na escolha de condutas. Para os trabalhadores, isto pode corresponder a experimentação de vivências de trabalho que tornam o trabalhar em saúde uma exigência que extrapola suas condições físicas e subjetivas, fazendo adoecer, comprometendo sua qualidade de vida. Assim, humanizar implica na experimentação de mudanças que apontem para a construção de soluções mais partilhadas, mais coletivas, mais respeitosas. Obviamente a referência ético-política aqui é a base doutrinária do SUS (direito à saúde, eqüidade e a integralidade), considerando-se aquilo que a sociedade tem definido como o que seja desejável e aceitável no campo do cuidado.
Para a melhoria no atendimento e democratização das relações de trabalho – efeitos da humanização – é
necessário, pois, enfrentar as relações desiguais no cuidado na relação usuário/rede social e trabalhador/equipe de saúde, bem como entre trabalhadores e gestores. E assim, a humanização depende do estabelecimento de condições político-institucionais, cujo efeito é o reposicionamento dos sujeitos nas relações clínicas e de trabalho.
A humanização se propõe, então, à criação de novas práticas de saúde, de novos modos de gestão, tarefas inseparáveis da produção de novos sujeitos. Assim, a tarefa da Política Nacional de Humanização é contribuir para a construção de modos de fazer para que o universo da rede SUS, seu enorme contingente de usuários, trabalhadores e trabalhadores investidos da “figura de gestor”, experimente novas possibilidades de manejo das tensões e alegrias do trabalho em saúde, alterando modos de gerir e modos de cuidar. Sua tarefa é tornar homens e mulheres mais capazes de lidar com a heterogeneidade do vivo, de reinventar a vida, criando as condições para a emergência do bem comum. Esta é a aposta ética da humanização da saúde.
A publicação desde volume da Revista Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, nesta perspectiva, é uma iniciativa muito importante, pois abre espaço para a veiculação e análise de experiência de humanização em hospitais universitários. Estes hospitais ocupam posição estratégica no SUS, quer seja por sua potencial capacidade resolutiva e a eficácia que podem agregar na rede de cuidados, quer seja por sua função de formação de trabalhadores da saúde. Experimentar a humanização nestes lugares, por estas razões, é então estratégico.
Os hospitais brasileiros, é necessário reconhecer, há muito se colocaram o problema da humanização da assistência. Desde antes da criação do SUS um conjunto de práticas humanizadoras tiveram curso e com a criação da PNH estas experiências passam a receber novos aportes conceituais e metodológicos, estimulando a capilarização da humanização em praticamente toda rede hospitalar. É possível se afirmar, nesta direção, que boa parte dos hospitais brasileiros tem colocado o tema da humanização como um desafio. E muitos deles tem ido além da interrogação, partindo para a experimentação de dispositivos da PNH.
A experiência de implementação da Humanização nos hospitais tem demonstrado que não há um único caminho a ser trilhado. E não poderia ser diferente: a humanização como valor que orienta práticas de gerir e de cuidar, mas não as molda, pois não haveria como apontar antes o que deve ser feito, senão construir experiências que poderiam indicar caminhos, dar pistas, apontar possibilidades a partir da humanização como valor atinente ao cuidar e ao gerir em saúde.
Dar vazão, fazer conhecer e refletir sobre experiências de humanização em hospitais universitários – tarefa desta publicação – certamente ampliará o acervo de experiências de humanização registradas, bem como contribuirá para o processo de capilarização da humanização em outros estabelecimentos de saúde.

Dário Frederico Pasche
Coordenador da Política Nacional de Humanização/Ministério da Saúde

O cuidado espiritual ao paciente terminal no exercício da enfermagem e a participação da bioética

ARTIGO ORIGINAL/ ORIGINAL REPORT/ ARTÍCULO

http://www.scamilo.edu.br/pdf/bioethikos/54/O_cuidado_espiritual.pdf


RESUMO: Estudo qualitativo que aborda o papel da enfermagem no cuidado espiritual ao paciente terminal e a implicação da bioética no processo saúde. Foi aplicado um questionário e uma entrevista individual semi-estruturada a sete pessoas pastoralistas de hospitais da grande porto alegre, escolhidas intencionalmente. Os resultados são apresentados em cinco unidades temáticas: perfil pastoral dos agentes espirituais, características do cuidado espiritual ao paciente terminal, preparo da enfermagem para o cuidado espiritual ao paciente terminal, inclusão do cuidado espiritual ao paciente terminal no trabalho da enfermagem e integração enfermagem e capelania. O estudo conclui que a enfermagem não tem preparo
adequado para atender as necessidades espirituais do paciente terminal. Mesmo que esta não esteja preparada, o cuidado espiritual deve ser incluso em suas tarefas, pelo fato de ter maior contato com o paciente e, dessa forma, conhecer suas necessidades de modo mais abrangente. É preciso
que as funções de capelania sejam bem definidas e integradas à enfermagem para que o paciente terminal possa receber o cuidado espiritual adequado, sem sofrer interferências. A bioética é uma área de conhecimento isenta de determinismos e constitui campo fértil a guiar as pessoas nas
suas condutas, como se evidencia nas entrelinhas das falas analisadas. O esforço de, nas situações concretas, captar as peculiaridades vivenciadas
pelo paciente, reflete a implicação saúde, espiritualidade e bioética.
PALAVRAS-CHAVE: Bioética. Enfermagem. Paciente terminal.


ABSTRACT: A qualitative study that approaches the role of nursing in the spiritual care to the terminal patient and the implication of bioethics in
the health process. A questionnaire and a semi-structured individual interview were applied to seven people intentionally chosen that act in the pastoral area of hospitals of Metropolitan Porto Alegre. The results are presented in five thematic units: the spiritual agents' pastoral profile, characteristics of spiritual care to the terminal patient, training of nursing professionals for spiritual care to the terminal patient, inclusion of spiritual
care to the terminal patient in the work of nursing and integration of nursing and chaplaincy. The study concludes that nurses dare not appropriately trained to assist the terminal patient's spiritual needs. Even then, spiritual care should be included in their tasks, for nurses have more contact
with patients and so know more what their needs are. It is necessary that chaplaincy functions are well defined and integrated into nursing so that
the terminal patient can receive the appropriate spiritual care, without unduly interferences. Bioethics is a knowledge area free from determinisms
and it constitutes a fertile field to guide people in their conducts, as it is evidenced in the implied senses of the analyzed utterances. The effort to
capture in concrete situations the peculiarities lived by the patient, reflects the integration among health, spirituality and bioethics.
KEYWORDS: Bioethical. Nursing. Terminal patient.
RESUMEN: Estudio cualitativo que aborda el papel de la enfermería en el cuidado espiritual al paciente terminal y la implicación de la bioética en
el proceso de la salud. Se aplicó un cuestionario y una entrevista individual semiestructurada a siete personas pastoralistas de hospitales de la Gran
Porto Alegre, elegidas intencionalmente. Los resultados son presentados en cinco unidades temáticas: perfil pastoral de los agentes espirituales, características del cuidado espiritual al paciente terminal, preparación de la enfermería para el cuidado espiritual al paciente terminal, inclusión del
cuidado al paciente terminal en el trabajo de la enfermería y integración enfermería - capellanía. El estudio concluye que la enfermería no tiene
preparación adecuada para atender a las necesidades espirituales del paciente terminal. Aunque la enfermería no está preparada, el cuidado espiritual debe estar incluso en sus tareas, por el hecho de esta tener más contacto con el paciente y, de ese modo, conocer sus necesidades de forma más
abarcadora. Se necesita que las funciones de la capellanía sean bien definidas e integradas a la enfermería para que el paciente terminal pueda recibir
un cuidado espiritual adecuado, sin sufrir interferencias indebidas. La bioética es un área de conocimiento exenta de determinismos y constituye un
campo fértil para guiar a las personas en sus conductas, como es evidente en las entrelíneas de las hablas analizadas. En las situaciones concretas,
el esfuerzo por captar las peculiaridades vividas por el paciente, refleja la imbricación  salud, espiritualidad y bioética.
PALABRAS LLAVE: Bioética. Enfermería. Paciente terminal.

Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: cuidando do cuidador profissional

http://www.saocamilo-sp.br/novo/publicacoes/publicacoesDowload.php?ID=79&rev=s&ano=2010
http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/79/420.pdf

Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar:
cuidando do cuidador profissional
Suffering of the health team in a hospital context: caring for professional carers
Sufrimiento del equipo de salud en el contexto hospitalario:
cuidando del cuidador profesional.



ReSumo: Este artigo aborda o tema da morte no século XXI, como profissionais de saúde a enfrentam, as consequências na sua saúde física e psíquica.
A morte é vista como inimiga, oculta, vergonhosa, ferindo a onipotência do homem moderno. É tema interdito, provocando entraves na comunicação entre pacientes, familiares e profissionais. Com o avanço da medicina, a morte ocorre no hospital. O cotidiano dos profissionais de saúde frente à morte
envolve escolhas difíceis de serem realizadas, gerando estresse adicional. Na mentalidade da morte interdita não se autoriza a expressão de emoções e dor, levando ao adoecimento e aumento dos casos de depressão, aumentando a incidência da Síndrome de Burnout entre profissionais. Os profissionais
de saúde escolhem trabalhar com a morte e o morrer, trazendo sua forma pessoal de lidar com dor e perdas. Não conseguir evitar a morte ou aliviar o sofrimento traz ao profissional a vivência de sua finitude. Estabelece-se relação entre intenso estresse, colapso e luto não reconhecido. Alguns profissionais não aceitam e reconhecem seu luto. Os programas de cuidados paliativos procuram modificar esta disfunção ao estimular o trabalho de equipe nos cuidados ao paciente e à família. Uma proposta de cuidados ao cuidador é apresentada com os seguintes objetivos: a) Aquecimento e sensibilização para abordar as dificuldades principais; b) Aprofundamento do tema trazido pelo grupo; c)Planejamento dos cuidados ao cuidador pensado pela equipe de trabalho, tendo em vista suas necessidades; d) A metodologia utilizada durante as diversas fases do trabalho atividades em grupo. Uma modalidade de cuidado é o plantão psicológico, facilitando o crescimento e o desenvolvimento da pessoa, envolvendo empatia, aceitação e congruência. Oferece espaço de escuta, contando com pessoas qualificadas no momento em que se busca ajuda, acolhendo a demanda. Outras formas de cuidados são apresentadas: atividades de lazer, psicoterapia e cuidados psicológicos, cursos e workshops favorecendo a aprendizagem significativa, supervisão individual e grupal para casos
difíceis, refletindo-se sobre cuidados, favorecendo o trabalho de equipe.
PalavRaS-chave: Cuidadores. Profissionais da saúde. MortE



a morte e o luto hoje
Nos séculos XXI a morte é vista como inimiga, oculta, vergonhosa, que fere a onipotência do homem
moderno

 É considerada tema interdito, provocando entraves na .comunicação entre pacientes, familiares e profissionais. Oculta-se a morte com estratégias defensivas. Interditar a morte oferece poder ilusório àquele profissional, que acredita que pode combatê-la, escancarado sua fragilidade.
A morte pode ser vista como fato natural, parte da vida ou como inimiga a ser vencida a qualquer
custo. Os “combatentes” da morte na atualidade são os profissionais de saúde, principalmente médicos aos quais se atribui (e alguns se atribuem), o papel de donos da vida e da morte
2,3,4
.
Em função do avanço da medicina, o local da morte deixa de ser a casa para ocorrer no hospital; o doente não é mais visto como pessoa, não tendo mais direito de planejar seu final de vida e a morte. A família que vive seu sofrimento pode ser considerada presença incômoda.
O conceito de morte roubada ao paciente é de Marie de Henneze
,cujo trabalho durante anos, foi o de acompanhar pacientes em Unidades de Cuidados Paliativos. Diferencia três situações:
a) A morte roubada ao paciente: neste tipo de morte, o paciente não consegue exercer
seu direito de autonomia, ter sua vontade respeitada, ter possibilidade de se autogovernar e ter participação ativa no seu processo terapêutico. Para não ocorrer morte roubada, o diálogo entre equipe de saúde, paciente e familiares é de suma importância, e as informações dadas pelo médico devem
ser claras e acessíveis, sem ocultar a verdade. É necessário esclarecer sobre diagnóstico, prognóstico, efeitos colaterais de tratamentos e medicamentos, o que permitirá que se faça escolhas adequadas.
b) A morte pedida pelo paciente. Segundo Hennezel, o pedido do paciente para morrer,
precisa ser compreendido, pois pode não ser desejo de morte, e sim, alívio de sintomas ou acolhimento de sofrimento, que pode não estar sendo tratado de forma adequada pela equipe de saúde.
É importante que o sofrimento seja entendido em seus aspectos físicos, sociais,
espirituais e emocionais. A comunicação entre paciente, familiares e equipe de saúde é um dos principais eixos no tratamento do paciente.
c) A morte exigida pelo paciente. É o pedido para morrer de fato, uma abreviação da
vida. Pode se relacionar à interrupção de tratamentos obstinados e fúteis ou um
pedido de eutanásia.Seja qual for a dimensão do pedido do paciente o que se espera
é a escuta e compreensão do que está sendo comunicado, mesmo que não se atenda o seu pedido.
Levando em consideração o que Hennezel propõe parece ficar evidenciado o cotidiano dos profissionais de saúde frente às situações de morte, que envolvem escolhas nem sempre fáceis e possíveis de serem realizadas (até em termos legais), o que pode gerar na equipe de saúde, um estresse adicional. Profissionais afirmam que é difícil efetuarem procedimentos com os quais não concordam, principalmente quando causam sofrimento adicional ao paciente, configurando a distanásia.


Na situação da morte roubada ao paciente, rouba-se também a possibilidade de despedidas, término de projetos, pedidos de perdão, dificulta-se ao paciente e familiares, o luto antecipatório, como definido por Rando
Jann . em sua dissertação de mestrado intitulada:
Enfrentando o morrer: a experiência de luto(a) do paciente com câncer avançado e seus familiares apresenta os conceitos e controvérsias envolvendo o termo, destacando o valor adaptativo das reações de luto, antes da morte propriamente dita.
O luto antecipatório segundo Pine ocorre ao longo de um continuum, que vai do momento da
notícia de uma doença grave, até o momento da concretização da morte. Além dos familiares e do paciente, os profissionais de saúde vivem  lutos   cot idianos  em  sua prática profissional. Será que eles têm direito de expressar sua dor?
Em seu processo de formação são oferecidas possibilidades teóricas e experienciais para lidar com dor,
perdas e morte? Na década de 1950 observa-se contestação da abordagem defensiva em relação à morte. Elisabeth Kübler-Ross e Cicely Saunders p r o p õ em  a   r e h uma n i z a ç ã o   d a morte

 Cuida-se dos sintomas e .do sofrimento na esfera psicossocial e espiritual, o doente é centro dos
cuidados, incluindo-se a família no tratamento. Esta mentalidade permitiu o desenvolvimento dos
cuidados paliativos.
Segundo Pessini há dois paradigmas nas ações de saúde: o curar e o cuidar. No paradigma envolvendo a cura o investimento é para salvar vidas. No paradigma do cuidar a morte é aceita como parte
da condição humana. Qualidade de vida em suas várias dimensões é preocupação dos profissionais afinados com este paradigma.
Pessoas com doença grave podem sentir medo do fim da vida. O que se tornou tão assustador para

que pessoas tenham tanto medo do processo de morrer? Observamse alterações significativas das formas de morrer nos últimos anos. Há predominânc ia de doenças crônicas: cardiopatias, neoplasias, 
doenças sexualmente transmissíveis, enfermidades neurológicas e demências. O temor de que haja 
supertratamento nas Unidades de Terapia Intensiva, acompanhado de dor e sofrimento está presente 
na população em geral e também em pacientes gravemente enfermos .  Talvez  es te  seja o mot ivo 
para se falar tanto sobre eutanásia e suicídio assistido, como forma de evitar obstinação terapêutica, 
o prolongamento do processo de morrer com muito sofrimento.


Leitura em Hospitais Pediátricos

Leitura em Hospitais Pediátricos: uma experiência de humanização à criança hospitalizada
Maria Cristina Paiva Hass – Coordenadora PBVH/IPPMG/UFRJ

O Projeto Biblioteca Viva em Hospitais reúne 3 Instituições que se preocupam com as condições de vida e o atendimento de crianças e  jovens no Brasil.
São elas: Ministério da Saúde, Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança e o Banco Citibank.
O hospital é um  local totalmente desconhecido da criança e  ela passa a conviver com situações de doenças e por vezes até  a morte.
Preocupados com essa situação e apostando em um trabalho de equipe com voluntariado, o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais foi implantado em 5 unidades, sendo 3 no Rio de Janeiro e 2 em São Paulo. São eles: (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira/UFRJ, Instituto Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz e Hospital Municipal Jesus – Instituto da Criança Prof. Pedro de Alcântara/SP e Hospital São Paulo/SP.
Uma vez internada a criança é afastada do seio familiar, dos brinquedos, dos amigos  e da escola. Esse afastamento gera um sentimento de culpa, desenvolvendo fobias, depressão, hiperatividade e por vezes perdendo até o seu referencial.
Segundo (Biermann, 1980), A hospitalização, em determinada situações, constitui um risco igual ou maior que aquele da própria doença que a originou. (Spitz, 1946), descreve a síndrome do hospitalismo (grave depressão e isolamento afetivo).
O trabalho recreativo, em unidade com internação pediátrica, contribui para o bem-estar da criança, ocupando sadiamente muito seu tempo de cura e restabelecimento, preservando o princípio  básico da saúde integral.
Acreditamos ser a humanização alcançada em ambiente hospitalar, através deste atendimento, um exemplo a ser perseguido porque mesmo doente, a criança precisa brincar.
Poder falar das histórias, se identificar com personagens, rir e se emocionar com os contos, painéis e com as imagens contidas nos livros, proporciona a criança um espaço para imaginar a brincar ,  mesmo imobilizada.
Lendo e contando histórias, também estamos ampliando seu repertório, seu universo intelectual e sua formação como leitor.
 Para este fim o Projeto conta com um acervo literário de 1100 livros infanto-juvenil, carrinhos coloridos para transportá-los, almofadas, tapetes, mochilas, etc.. levando para dentro do hospital um jeito alegre, irreverente. Essas atitudes  mudam a idéia de que criança em hospital seja só um paciente e não mais criança.
 No IPPMG  a  mediação de leitura acontece em diferentes espaços físicos do hospital (ambulatório atendimento, enfermarias, materno-infantil)
Os livros são apresentados à criança podendo despertar ou não interesse pela história. E cabe ao mediador respeitar a sua  vontade  e o tempo em que ela deseja para ouvir as histórias.
São esses, os objetivos específicos do Projeto:
·         Aumentar a aceitabilidade da criança ao tratamento e a situação de internação hospitalar;
·         Agregar situações estimuladora ao processo de cura da criança;
·         Garantir, a rescontituição de um espaço de vitalidade no que se refere não apenas à doença;
·         Propiciar o alívio de tensões e  mudança favoráveis no quadro psicológico das crianças;
·         Facilitar a integração das crianças e seus familiares com o corpo funcional do hospital através da mediação de leitura;
·         Possibilitar que crianças e jovens em situação de internação hospitalar tenham acesso a livros de qualidade e a leitura mediada;
·         Ampliar os espaços onde a leitura seja oferecida para as populações com menos acesso a livros e menores possibilidades de aquisição dos mesmos;
·         Propor a leitura como forma de prazer favorecendo assim a familiarização com os livros.
Bibliografia consultada:
BETTLELHEIM, Bruno. Psicanálise dos Contos de Fadas. Ed. Paz e Terra, 1980. Coleção Literatura e Teoria Literária. Vol. 24.
CECCIM, Ricardo Burg e CARVALHO, paulo R. Caevalho (Orgs) Criança hospitalizada; atenção integral como escuta  à vida. Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1997. 195 p.
PERROTI, Edimir. O Texto Sedutor na Literatura Infantil. São Paulo, Editora Ícone, 1986.

Projeto Brincante - IPPMG/UFRJ

http://www.eefd.ufrj.br/brincante/brincante

brincante.gif

1.    O Projeto

O Projeto Brincante resulta da demanda feita pela equipe médica do Setor de Hematologia do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira — IPPMG/UFRJ - à Escola de Educação Física e Desportos - EEFD/UFRJ.
Atualmente, o projeto desmembra-se em duas seções: uma atividade de extensão – o trabalho nas oficinas realizado na sala de espera – e  uma atividade de pesquisa-intervenção – realizada na  recém inaugurada sala de quimioterapia, o Aquário Carioca.
 
2.    Objetivos
Com o Projeto Brincante, na sala de espera dos ambulatórios do IPPMG, buscamos verificar os melhores recursos orientados pela psicomotricidade, que contribuam para minimizar as tensões geradas no ambiente hospitalar, enquanto a criança aguarda pelo atendimento médico.
Na sala de quimioterapia, a proposta é pesquisar formas de atenuar a dor psíquica da criança em tratamento e verificar quais os melhores recursos que o brincar oferece para diminuir tais tensões.
3.    Metodologia
Na sala de espera dos ambulatórios, com o intuito de viabilizar o ato de brincar no referido local, estabelecemos quatro oficinas temáticas: Movimento, Dramatização, Artes Plásticas e Jogos. Nelas, os alunos da graduação da EEFD se responsabilizam pelo suporte dado ao brincar das crianças, sob supervisão de professores e colaboradores.
Na oficina do Movimento, a criança terá a possibilidade de viver o prazer sensório-motor. Em seguida, encontra-se a oficina de Dramatização, onde ela poderá trabalhar a imagem de seu corpo e as múltiplas identificações que o fantasiar oferece. Do outro lado da sala, na oficina de Artes Plásticas, a criança representará plástica e graficamente o material produzido por suas fantasias e, por último, apresenta-se a oficina de Jogos, que disponibiliza materiais não estruturados, dando maior chance às atividades de construção.
Na sala de quimioterapia, o Aquário Carioca, são oferecidas as Bandejas Brincante, criadas para o projeto para facilitar o brincar da criança, que está impossibilitada de se locomover. Os alunos bolsistas, que fazem plantões três vezes por semana, pesquisam e elaboram relatórios sobre os diferentes conteúdos da fantasia infantil, que servem de anteparo para o mal estar imposto pelo tratamento.
Duas alunas da pós-graduação, do Instituto de Psicologia-UFRJ, desenvolvem suas pesquisas de Mestrado com os responsáveis pelos “sujeitos brincantes” - nome dado aos pacientes.
Reportagem do Jornal SBT Rio sobre o Aquário Carioca. Aqui!
4.    Público Alvo
    * Sala de espera: crianças de 1 a 14 anos atendidas nos ambulatórios do IPPMG/UFRJ - Atividade de extensão
    * Quimioteca: crianças de 1 a 14 anos em tratamento quimioterápico no IPPMG/UFRJ - Atividade de pesquisa-intervenção
5.    Coordenação
Coordenadora GeralProfa. Dra. Ruth Helena Pinto Cohen
Coordenadora TécnicaProfa. Ms. Márcia Fajardo de Faria
Coordenadora de Apoio TécnicoProfa. Marta Ballesteiro Pereira Tomaz
Coordenadora de Apoio TécnicoProfa.Vanessa Cunha Magman
 6. Contato
Endereço eletrônico: brincante[ARROBA]eefd.ufrj.br
Telefone: (21) 2562-6815
Localização: UFRJ - Prédio da EEFD - Campus da Ilha do Fundão
                    Escola de Educação Física e Desportos - sala 223
                    Avenida Carlos Chagas Filho, 540.
                    Cidade Universitária- R.J.- CEP: 21941-59

Aquário Carioca - Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira – IPPMG

Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira  IPPMG 
http://www.desiderata.org.br/o-que-fazemos/oncologia-pediatrica/programa-ampliando-o-acolher/aquario-carioca.shtml

Aquário Carioca

Logo Aquário CariocaA parceria com o cenógrafo Gringo Cardia permitiu a concretização do projeto “Aquário Carioca”, que transforma o ambiente físico da sala de quimioterapia no mundo mágico do fundo do mar. O objetivo é oferecer um espaço acolhedor para pacientes, familiares e profissionais, integrando ao tratamento a oportunidade de desenvolvimento e expressão de crianças e jovens. O Aquário Carioca foi inspirado na pioneira experiência da “Quimioteca” do Instituto de Oncologia – GRAACC, em São Paulo. É na sala de quimioterapia que a criança e o jovem passam a maior parte do tratamento do câncer, que dura em média 18 meses. Investir na oferta de alternativas lúdicas e de desenvolvimento para os pacientes nesse ambiente é muito importante. Além disso, a organização do espaço contribui para o aumento da auto-estima da equipe multiprofissional, facilitando os processo de trabalho e a interação junto aos pacientes e seus familiares.


A partir do investimento nas instalações físicas da sala de quimioterapia, o Desiderata acompanha de perto a implantação do Aquário Carioca nos primeiros dois anos, apoiando a manutenção e a definição da estratégia de sustentabilidade desses espaços. Além disso, o Desiderata promove encontros de intercâmbio entre as equipes dos hospitais, de forma a aprofundar a reflexão sobre a política de humanização do Sistema Único de Saúde –SUS. Já foram realizados três workshops, reunindo cerca de 20 profissionais em cada um.


O objetivo do Desiderata é o de viabilizar a implantação do Aquário Carioca em cada uma das salas de quimioterapia ambulatorial dos hospitais públicos com serviço de oncologia pediátrica do Rio de Janeiro. Para isso trabalha para identificação de parceiros investidores interessados e comprometidos com essa causa.


http://www.youtube.com/watch?v=_X56didAWHg

O Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira é um hospital pediátrico universitário, situado na Cidade Universitária, que desempenha funções de assistência e ensino de Pediatria e desenvolve pesquisa na área materno-infantil. Além disso, oferece o Programa de Educação Continuada (PEC) para graduados, graduandos e alunos do Ensino Médio, que tem como objetivo principal o aprimoramento dos conhecimentos teóricos e práticos dos profissionais da área de saúde ligados à pediatria, através do treinamento em serviço. 



http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/humarta.pdf
O IPPMG, por suas características estruturais, pode ser definido como uma instituição voltada ao 
atendimento especializado dos problemas de saúde na infância, tendo-se moldado, ao longo do tempo, em hospital de referência para atendimento de condições clínicas complexas, sem, contudo, perder de vista a importância e a necessidade de desenvolver atividades assistenciais ligadas à atenção primária.

HUMANIZAÇÃO do Hospital Universitário Cajuru


Humanização

Seguindo a Política Nacional de Humanização e as diretrizes firmadas pela Aliança Saúde PUCPR – Santa Casa, o Comitê de Humanização do Hospital Universitário Cajuru conta com a participação de um colegiado multidisciplinar que busca criar relações de companheirismo e de compromisso no âmbito pessoal ou coletivo, proporcionando melhor atendimento ao cliente interno e externo.
A partir do grupo, busca-se o aprimoramento humanitário no processo hospitalar por meio de ações que vêm ao encontro dos dispositivos da PNH: Semana de Humanização no Mês de Agosto; Colegiado Técnico da Emergência; Visita Aberta em Casos Especiais; Organização do Horário de Visitas para Melhoria do Fluxo; Atendimento e Acesso Interno; Orientador de Fluxo para o Ambulatório; Folder Explicativo ao Cliente/Familiar; Familiar Participante; Manual de Orientação do Paciente; Visita Pré-Avaliada à REPAI do Centro Cirúrgico; Ambiência no P. S.; Unidades de Internação e SADTs para Melhoria no Serviço da Recepção; Ouvidoria; Acolhimento com Classificação de Risco; Sessão Pipoca; Contadores de História; Voluntariado; Vigilantes da Alegria; Atendimento Espiritual.
Pastoral
Sendo o Hospital Universitário Cajuru uma Instituição Cristã, Católica e Marista, faz-se necessária a presença de um Núcleo de Pastoral que garanta o fortalecimento e a Vivência Cristã nessa Unidade, tendo como principal missão "tornar Jesus Cristo conhecido e amado” e “formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”, proporcionando, assim, relações mais humanas, fraternas e solidárias.
Para tal, oferecemos para toda a comunidade hospitalar alguns projetos oriundos do Programa Provincial de Pastoral (Formação, Espiritualidade, Solidariedade e Humanização) e dirigidos pela Coordenadoria de Humanização e Ação Solidária, abrangendo o público que circula diariamente nas dependências do HUC. Entre eles, podemos destacar:
Projeto Formação
Tem como público-alvo o colaborador e o voluntário, buscando o crescimento humano e intelectual.
Projeto Vigilantes da Alegria
Voluntários caracterizados de “palhaço” que levam alegria e esperança para todos aqueles que estão no Hospital.
Projeto Aconselhamento Pastoral
Aconselhamento aos colaboradores, pacientes e familiares acompanhantes, realizado pelos voluntários.
Projeto Atendimento Espiritual
Aos pacientes não-católicos que desejam receber a visita de seu líder espiritual.
Projeto Celebrar Fé e Vida
Celebrações diárias e semanais que garantem a Espiritualidade Cristã, Católica e Marista.
Projeto Visita Pastoral
Desenvolvido pelo capelão e pelas religiosas (Congregação Filhas do Amor Divino) que oferecem escuta, compreensão e solidariedade aos pacientes, familiares e colaboradores.
Programa de Humanização
As ações deste Programa buscam a integração das pessoas envolvidas na Instituição, tais como Sessão Pipoca, Café com a Pastoral, Acolher, Datas Comemorativas e Aniversariante do dia.


Av São José, 300 - Cristo Rei - CEP: 80.050-350 - Curitiba - Paraná PABX: 3271-3000

PROJETOS DE HUMANIZAÇÃO - ITACI

http://www.itaci-fc.org.br/eventos.htm


O ITACI desenvolve ao longo do ano uma série de projetos de humanização, voltados aos pacientes, pais, acompanhantes e funcionários.
Para pacientes e familiares:
  • Dia das Crianças
  • Festa de Natal
Para profissionais, corpo clínico e administrativo:
  • Almoço de final de ano com sorteio de brindes
Projetos de Humanização:
  • Capelania Evangélica Hospitalar: projeto de atendimento recreativo e espiritual
  • Doutores da Alegria: a arte do palhaço resgatando o lado saudável da criança
  • Grupo Harpia: projeto de recreação com pintura lúdica e escultura de bexigas
  • Padaria Artesanal: educação nutricional e capacitação para elaboração de pães
  • Projeto Biblioteca Viva em Hospitais: mediação de leitura
  • Projeto Carmim: educação artística
  • Projeto Pet Smile: terapia mediada por animais
  • Sessão Pipoca: exibição de filmes acompanhada de pipoca e suco de frutas
  • Hora do Lanche: educação nutricional e capacitação para elaboração de lanches
  • Instituto Presbiteriano Mackenzie: atividades com música e instrumentos musicais

    O ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil foi construído através de uma parceria entre a Fundação Criança, a Ação Solidária Contra o Câncer Infantil e a Fundação Oncocentro de São Paulo.

    Inaugurado em 17 de junho de 2002 pelo então Governador Dr. Geraldo Alckmin, iniciou suas atividades em 17 de dezembro de 2002 com a ativação de 12 consultórios médicos e 2 salas para procedimentos no ambulatório, além de 12 leitos de hospital/dia para quimioterapias.
    Em 16 de junho de 2003 iniciou o atendimento na área de internação, abrindo 6 dos 17 leitos instalados.
    Hoje, o ITACI funciona com sua capacidade total de leitos e atende a 3200 pacientes portadores de doenças Onco-hematológicas. São cerca de 1100 consultas, 550 quimioterapias e 1000 atendimentos da equipe multiprofissional, todos os meses.
    A equipe multiprofissional é formada por psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

    O Hospital é dividido em 3 andares temáticos, com os elementos água (1º andar), terra (2º andar), e ar (3º andar), carinhosamente decorados de forma lúdica com o personagem Nino, o mascote do ITACI, ambientando toda a estrutura para acolher crianças e adolescentes, pais e familiares.


    Endereço:
    Rua Galeno de Almeida, 148 – Pinheiros

    São Paulo – SP    CEP 05410-030
    Telefones: Fones: (11) 3897-3812   Fax: (11) 3897-3806

HUMANIZAÇÃO HUPE / UERJ


  HUMANIZAÇÃO

Humanizar  as ações Docentes Assistenciais do HUPE é o nosso compromisso. Em 2002  o  Ministério da  Saúde  implementou  através  da  Secretaria de Assistência a Saúde o Programa Nacional de Humanização( PNH) e o HUPE foi certificado como integrante do programa

Em 2004  o  Ministério da  Saúde transforma este programa em  Política  Nacional de Humanização/ Humanisus.
O HUPE reafirma seu compromisso com a humanização da assistência além de inserir este conceito na formação de profissionais nas diferentes área da saúde, realizando em conjunto com a coordenação nacional do Humanizasus sedia  o I Simpósio de Política de Humanização dos Hospitais Universitários do Rio de Janeiro.Com a participação da coordenadora Dra. Regina  Benevides e com uma conferência do Dr. Adail Rollo então diretor do Hospital Mário Gatti de Campinas apresentando suas experiências de sucesso.

O evento contou com apresença de representantes dos coordenadores da humanização  da UFRJ, UFF, UNIRIO e coordenadora  do Humanizasus no Rio de Janeiro Claudia Abbês



Voluntariado HUPE/UERJ
http://www.hupe.uerj.br/v_humanizacao/humanizacao.php

Capelania Evangélica
     

O HUPE implantou o Serviço de Capelania Hospitalar Evangélica, com o objetivo de assistir espiritualmente aos pacientes hospitalizados, que assim desejarem, estendendo-se aos seus familiares e também aos profissionais da saúde.

O Serviço de Capelania Hospitalar Evangélica, é coordenado pela capelã Pastora Kátia Brito, toda quinta-feira das 13:30 às 15h, com as seguintes atividades:

1) reuniões para palestras e aconselhamento na sala 416 (sala provisória) ;
2) visitação leito a leito nas enfermarias;
3) quinzenalmente é realizado um curso de artesanato para as mães do banco de leite da maternidade.



     Email:

capelaniaevangelicahupe@gmail.com

Projeto Mãos e Coração

http://www.capelania.com/2008/abceh-acao-social/projeto-maos-e-coracao.html

www.capelania.com


Objetivo Geral

Oferecer abrigo, consolo, orientação, apoio emocional, espiritual, desenvolvimento de habilidades e atendimento social a: 1. pacientes hospitalizados; 2. seus cuidadores/familiares;
1. Alcance e Estratégia:
O Projeto Mãos e Coração é desenvolvido em três ambientes: hospitalar, domiciliar e em Casa de Acolhimento.
Os hospitais são os pontos de partida para o atendimento na CASA de Acolhimento, pois é onde são criados os vínculos e observadas as necessidades, a partir das quais são elaboradas as estratégias para o suprimento.
As oficinas de artesanato com as crianças hospitalizadas e suas mães são realizadas diariamente, tanto no leito a leito como em sala anexa às enfermarias, e alcançam os hospitais:Instituto da Criança do HCFMUSP (ICr), Instituto de Tratamento de Câncer Infantil (ITACI), Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

A Casa de Acolhimento, chamada de Casa de Aconchego, está atendendo desde junho de 2008:
1. As mães das crianças hospitalizadas nos hospitais Instituto da Criança do HC, I.I. Emílio Ribas e I. de Tratamento de Câncer Infantil, promovendo: oficinas de artesanato, de música, chás da tarde (Chá com Esperança), cursos de manicure, corte e costura, cabelereiro, computação e outros.  Oferecerá, também, a possibilidade de dormirem por algumas horas em camas (elas dormem por meses em cadeiras, nos hospitais) e de lavar e secar suas roupas (os hospitais não oferecem este serviço, o que causa grande transtorno principalmente às mães de vêm de outras regiões do Estado ou do país, e que não têm qualquer familiar nas proximidades, tornando-se as cuidadoras de tempo integral de seus filhos enfermos, e muitas vezes à morte.
2. Às crianças e adolescentes das famílias com AIDS:  cursos profissionalizantes  e oficinas de arte.
3. Às famílias com AIDS (triadas pelo Serviço Social do Hospital): doação mensal de cestas básicas; palestras sobre nutrição, higiene, aderência ao tratamento, música, espiritualidade e outros; atividades de artesanato; aconselhamento no luto.


2. Público-alvo:

1.  Crianças em longo período de hospitalização (Câncer e AIDS)
2. Crianças com doenças crônicas e degenerativas, em domicílio
3. Mães das crianças hospitalizadas
4. Famílias com AIDS atendidas no I.Infectologia Emílio Ribas
5. Filhos da AIDS (crianças e adolescentes)
6. Portadores de necessidades especiais (deficientes físicos)
7. Indivíduos excluídos do mercado de trabalho
 

DEPOIMENTOS


Eu, Maria Elena Ana Corrêa, agradeço as irmãs da Capelania Evangélica pelo trabalho de artesanato que fazem com as mães que passam a maior parte do dia dentro do hospital. Esse trabalho ajuda a relaxar a mente e o cansaço físico, não somente pelo artesanato, mas pelas palavras ditas, pela leitura da Palavra de Deus, nesses momentos muitas vezes tão difíceis. Tenho em minha casa um dos trabalhos dos trabalhos feitos, que é o do quadro (1º quadro do bebê) Não me esquecerei jamais! Deus abençoe a todos que dedicam as suas horas para estar junto com as mães. Vocês não sabem quanto é bom! Descobri que Deus se importa comigo”.

"Ajuda a manter minha família e não nos deixa passar fome. Aprendi que todos os dias temos que agradecer por tudo que temos”.
Kátia Cilene Sampaio

"Porque eu estou precisando deste alimento por falta de emprego. Aprendi a amar muito mais a Deus e escutar a sua Palavra com muito amor”.
Maria José Alves de Moura

"Ela é fundamental no complemento alimentar de meus quatro filhos. “Aprendi que temos que ser mais bondosos com o próximo”.
Marilena V.C. Silva

"Tem ajudado em muito minha família, pois estávamos com dificuldade. Aprendi a amar a Deus em primeiro lugar, pois Ele tem sido o alimento para as nossas almas”.
Solange Jovito da Silva

Projetos de Humanização agradam usuários da Santa Casa


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 O Grupo de Trabalho Humanizado criado no hospital é responsável por conduzir um processo de mudança da cultura de atendimento à saúde, promovendo o respeito à dignidade humana.
 

A Santa Casa de Misericórdia de Penápolis vem implantando ações que buscam tornar o atendimento aos seus usuários mais humanizado. Para isso atividades são pensadas em conjunto através do Grupo de Trabalho Humanizado que envolve colaboradores dos diversos setores do hospital.
Como parte das ações de humanização foi implantado desde o mês de junho o Projeto “Meu Primeiro Retrato” que presenteia todos os nascidos na maternidade da Instituição tanto no SUS quanto no particular, com uma fotografia 13x18 cm sem nenhum custo para os pacientes, tirada no momento em que mãe e bebê se encontram já no quarto. A lembrança impressa em papel fotográfico vem com a descrição da data e horário do nascimento, peso e estatura do recém-nascido, bem como o nome do Obstetra e do Pediatra, que será entregue à paciente antes da alta médica.
Modelo "Meu Primeiro Retrato" - filho de Elizandra de Oliveira
“Este projeto envolve emoções, aproximando mãe e filho, tornando esse momento inesquecível, uma experiência única e particular onde a Santa Casa quer participar desta ocasião tão especial” comenta um dos responsáveis pelo projeto o Publicitário Ricardo Muraroto.
“Já presenteamos mais de 100 mães desde o início da ação com essa lembrança repleta de grandes significados e emoções, onde com a foto das mães e algumas vezes com o pai presente, conseguimos proporcionar uma relação afetuosa muito positiva entre mãe, bebê e Hospital. Dessa forma nosso objetivo de aproximar e de tornar esse momento especial e único para a família e para a equipe foi alcançado. Outro objetivo do retrato é proporcionar ao bebê uma lembrança de sua história e de seu nascimento quando crescer, e da importância afetiva desse momento” salienta o Psicólogo também responsável pelo projeto Lucas Bondezan Álvares.
Diferentes emoções foram percebidas, algumas choraram, outras sorriram, mas todas demonstraram de alguma maneira o sentimento único desses primeiros contatos com o filho. “É um presente muito lindo que vou guardar para sempre, pois poucas têm a oportunidade de fotografar o filho depois do nascimento” relata emocionada Rita de Cássia da Silva paciente do hospital.
Além do retrato, os quartos da maternidade particular e convênios onde mãe e filho serão acolhidos também recebem decoração especial. O Projeto “Cegonhas da Alegria” é realizado por iniciativa de colaboradores de diversos setores que enfeitam o quarto antes mesmo de mãe e bebê chegarem, transformando o ambiente hospitalar com desenhos coloridos e divertidos, contando também com uma mensagem de boas-vindas ao recém-nascido.

"A intenção do projeto é transformar o ambiente hospitalar de forma mais familiar e acolhedor para a nova família”, relata a Farmacêutica Renata Cristina Vidal uma das idealizadoras do projeto.
A integração dos setores do hospital é destacada pela responsável de compras e suprimentos Telma Fernanda Mendonça: “essa ação estimula o trabalho em grupo e a criatividade dos envolvidos, visando a importância de atividades lúdicas e dinâmicas aos colaboradores, dentro da nova proposta do “cuidar de quem cuida”.
O projeto tende a beneficiar principalmente a paciente como explica Ângela Sussai, participante do projeto, “percebemos que as mães diminuem a ansiedade e o medo quando surpreendidas pela decoração do quarto”.
De acordo com o Administrador Hospitalar, Roberto Bastos, “este trabalho vem de encontro com o anseio de tornar o ambiente hospitalar mais humano e valorizar cada ser humano nascido saudável na entidade, também é um dos objetivos de um hospital que almeja ser “Amigo da Criança”.
Dessa forma a Santa Casa de Penápolis está caminhando para a humanização de seu atendimento, tanto para os pacientes quanto para seus colaboradores. Estas ações buscam uma nova cultura de acolhimento hospitalar com qualidade humanizada.