C A H E R J

C A H E R J
Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DEUS É BOM SEMPRE!!!!

Bom amigos,

    vocês tem acompanhado nosso caminhar por "vales de ossos secos" e sou grato a Deus por suas orações em favor a nossa familia. Saiba que são de muita importância para nos manter renovados a cada dia.  Como nós, há outras familias que também passam por momentos difíceis, saúde, finanças, familiar, relacionamentos e tantos outros problemas.  Somos orientados que "nesse mundo encontraríamos aflições e que deveríamos ter bom ânimo". É no Evangelho de João que encontramos no versículo 33 do capítulo 16, que aliás é o próprio Mestre de fala: "Tenho vos dito isso, par que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende com ânimo; eu venci o mundo."   Deveríamos estar 'ligados' ou preparados para as aflições desse 'mundo', e dificulta ainda mais nossa perspectiva quando Jesus diz haver possibilidade de paz nesses momentos. Certo que somente nEle encontraremos essa paz.  sabemos que somente com uma vida de 'comunhão' ou conhecimento dEle haveremos de conseguir ter PAZ.  Mas somos de fato abalados e estremecidos quando há turbulência. Falta-nos Fé para permanecermos convictos em nosso caminhar. Não é confortável imaginar a respeito da possibilidade que somos passíveis de sofrimento nessa caminhada, não deveríamos ficar surpresos pois vivemos em um mundo caído e habitado por pecadores. Piora tudo quando nos relacionamos com pessoas que sofrem, não sabemos bem como assistir, pois não temos 
em nós mesmos respostas para o sofrimento humano. Até por que vendo o sofrimento no outro reproduzimos em nós a possibilidade de também sofrer. 
     Na Bíblia encontramos muitos textos que aborda questões do sofrimento, no entanto como não é algo 'interessante' sempre somos levados para textos de vitória e prosperidade. Complica ainda mais um pouquinho quando somos levados a querer compreender sobre a soberania divina e sem falar nos propósitos divinos em nossa caminhada (em nosso viver).  Deus é soberano sobre tudo e todos, até mesmo o sofrimento. Deveríamos em vez de alimentar questionamentos sobre Deus em relação ao sofrimento, experimentar Deus no sofrimento. (Êx 4:11; 1 Sm 2:2-7; Dn 4:34-35:Pv16:9; Sl 60:3 Is 45-7).
     Encontramos também na Bíblia que Deus é bom. Apesar de ser difícil compreender, Deus através de sua bondade está junto em nossas dores. ( Sl25.7-8; 34:8-10; 33:5; 100:5; 136; 145:4-9).   Veremos que o propósito de Deus em nosso viver em meio ao sofrimento, seja para nossa redenção, seja como uma ferramenta divina usada para operar Seu propósito redentor em nós ( Rom 8:17; 2 Co 1:3-6: Fp 2:5-9; Tg 1:2-8; 5:10-11).
Razões para o sofrimento: viver no mundo caido, a nossa natureza carnal, sofremos por causa de outros contra nós (preconceito e ataques pessoais), o inimigo de nossas almas e também pelo bom propósito divino ( Quem permitiu (autorizou) o sofrimento de JÓ ?).  Vivemos não para nossa glória pessoal e sim para Glorificar a Deus.  Nessa vida somos 'Embaixadores do Rei', uma frase que resume a vida de um cristão é essa ' não vivo eu, mas Cristo vive em mim (Apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas).  Como capelão hospitalar, sei perfeitamente que sou um 'sofredor' que foi chamado por Deus para ministrar a outras pessoas que sofrem (ainda aprendendo), devemos nos identificar com os que sofrem. Aprendo tendo como exemplo o Mestre, o maior capelão, o maravilhoso Conselheiro em passagens como Hb 2:10-12: " Ao levar muitos filhos à glória, convinha que Deus, por causa de quem e por meio de quem tudo existe, tornasse perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação deles.  Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos. Ele diz: 'Proclamarei o teu nome a meus irmãos; na assembléia te louvarei".   Nessa passagem vemos Cristo se identificando conosco, estamos na mesma familia, uma identidade compartilhada. Estamos com Cristo na família daqueles que sofrem. " A essencia de nossa irmandade com Cristo e com outras pessoas é o sofrimento".

   DEUS É BOM SEMPRE!!!!

Segunda carta de Paulo a igreja em  Corinto: "Bendito seja o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdia e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angustia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.  Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.  Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.  Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foia cima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim em Deus que ressucita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos, ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo beneficio que nos foi concedido por meio de muitos." ( 2 Co 1.3-11)

Di spõe sobre a c r iação do ser v i ço v o l u n t á r i o d e c a p e l a n i a h o s p i t a l a r .

http://spl.camara.rj.gov.br/spldocs/pl/2003/pl1207_2003_003171.pdf


C Â M A R A   M U N I C I P A L   D O   R I O   D E   J A N E I R O



Di spõe  sobre a  c r iação do  ser v i ço 
v o l u n t á r i o   d e   c a p e l a n i a   h o s p i t a l a r .  



A u t o r :   V e r .   E d i m í l s o n   D i a s
A   C â m a r a   M u n i c i p a l   d o   R i o   d e   J a n e i r o  
d   e   c   r   e   t   a :
Ar t .  1º  Fi ca  c r iado nos  hospi tai s  da  rede of i c ial  do muni c ípio o  ser v i ço  voluntár io 
de  capelania hospi talar .
A r t .   2 º  O  s e r v i ç o   d e   c a p e l a n i a   d e s t i n a-s e   a o   a t e n d ime n t o   e s p i r i t u a l   d e   p a c i e n t e s  i n t e r n a d o s   o u   em  t r a t ame n t o   amb u l a t o r i a l l   e   d e   s e u s   f ami l i a r e s .
P a r á g r a f o   ú n i c o .  O  s e r v i ç o   d e   a t e n d ime n t o   e s p i r i t u a l   s ome n t e   se                                                          
d a r á   p o r   s o l i c i t a ç ã o   d o   p a c i e n t e ;   o u   d e   s e u s   f ami l i a r e s ,   em  c a s o   d e   s e u impedimento.
A r t .   3 º   A   c a p e l a n i a   s e r á   e x e r c i d a  me d i a n t e   a   c e l e b r a ç ã o   d e   t e rmo   d e   a d e s ã o  a s s i n a d o   e n t r e   a   d i r e ç ã o   d e   c a d a   u n i d a d e   h o s p i t a l a r   e   o   p r e s t a d o r  d o   s e r v i ç o  voluntár io.
§ 1 º  O  s e r v i ç o   é   i n t e g r a lme n t e   s u b o r d i n a d o   à   d i r e ç ã o   d a   u n i d a d e ,   à   q u a lc o m p e t e :
I . d e c i d i r   s o b r e   a   c o n v e n i ê n c i a   d a   a s s i n a t u r a   d o   t e rmo   d e   a d e s ã o   t a l c o m o   p r o p o s t o ;



I I . a   q u a l q u e r   m o m e n t o ,   r e v o g a r   o   t e r m o   d e   a d e s ã o   e m   v i g o r   o u
s u s p e n d e r   t emp o r a r i ame n t e   o   s e r v i ç o ,   s e   a s s im  j u l g a r   n e c e s s á r i o   a o  
b om  a n d ame n t o   d o s   s e r v i ç o s   h o s p i t a l a r e s ,   d a n d o   c i ê n c i a   e
jus t i f i cat i va de  tal   fato à Sec retar ia Muni c ipal  de Saúde;
I I I . a c e i t a r   o u   n ã o   a s   i n d i c a ç õ e s   d o s   v o l u n t á r i o s — aux i l iares  e
v i s i t a d o r e s   —  f e i t a s   p el o   C a p e l ã o ,   d e t e rmi n a n d o-lhe a  subs t i tui ção 
daquele que por  qualquer  meio prejudi car ,  obs t rui r  ou  imi s cui r -s e   n o s  
s e r v i ç o s   d e   s a ú d e .
I V . e s t a b e l e c e r :  
a )   o   n úme r o   d e   v o l u n t á r i o s ;
b )   h o r á r i o   d o   a t e n d ime n t o ,   o b r i g a t o r i ame n t e   f o r a   d o s   h o r á r i o s   d e  
v i s i ta;  e
c) lim i t e s   f í s i c o s   d e   a t u a ç ã o   d o   s e r v i ç o ;
§ 2 º    O  v o l u n t á r i o   n ã o   p o d e r á ,   s o b   n e n h um  p r e t e x t o ,   t r a n s i t a r   p e l o
h o s p i t a l   f o r a   d o s   h o r á r i o s   e   á r e a   e s t a b e l e c i d o s .
§ 3 º   A   e q u i p e   t r a b a l h a r á   o b r i g a t o r i ame n t e   c om  u n i f o rme ,   em mo d e l o
di s t into daquele usado pelo  corpo  funci o n a l ,   e   p o r t a n d o   c r a c h á   d e
ident i f i cação espec í f i co da  função  fornec ido pela di reção do hospi tal ,
identificando-s e   s emp r e   q u e   s o l i c i t a d o   p o r   f u n c i o n á r i o   o u   p a c i e n t e .
A r t .   4 º   A   c a p e l a n i a   s e r á   o r i e n t a d a   p o r   um  C a p e l ã o   t i t u l a r   v o l u n t á r i o ,
p r e f e r e n c i a lme n t e ,  f o r m a d o   e m   T e o l o g i a .
§ 1º   -  N a   imp o s s i b i l i d a d e   d e   s e   a t e n d e r   a o   d i s p o s t o   n o   c a p u t ,   o   s e r v i ç o  
p o d e r á   s e r   c o o r d e n a d o   p o r   l e i g o   q u e   a p r e s e n t e   c o n d i ç õ e s   p a r a   t a l .
§ 2º   - O  s e r v i ç o ,   em  h i p ó t e s e   a l g uma ,     p o d e r á   e s t a r   v i n c u l a d o   a   q u a l q u e r  
rel igião espec í f i ca  e  a c e i t a r á   r e p r e s e n t a n t e s   d o s   d i f e r e n t e s   c r e d o s
e x i s t e n t e s   n o   p a í s ,   r e s p e i t a d o s   o s   p r e c e i t o s   d a   C o n s t i t u i ç ã o   F e d e r a l .
A r t . 5 º   A   e q u i p e   d a   c a p e l a n i a   s e r á   f o rma d a   p o r   v o l u n t á r i o s   s e l e c i o n a d o s   p e l o  
C a p e l ã o ,   o b s e r v a d a s   a s   s e g u i n t e s   c o n d i ç õ e s  mí n ima s :
I . e n t r e v i s ta   p e s s o a l   c o m   o   C a p e l ã o ,   e m   q u e   s e r á   e x p r e s s a   a   r a z ã o  
que o  faz  procurar  o  ser v i ço  voluntár io de  capelania hospi talar .
I I . par t i c ipação  integral  no  cur so bás i co de  capelania hospi talar .



P a r á g r a f o   ú n i c o .   É   c o n d i ç ã o   f u n d ame n t a l   p a r a   a   i n s c r i ç ã o   n o   c u r s o   b á s i c o  d e  
capelania hospi talar  a  ident i f i cação do  candidato  junto à di reção da unidade 
me d i a n t e   a   a p r e s e n t a ç ã o   d o s   i t e n s   s e g u i n t e s :
I . cédula of i c ial  de  ident idade;
I I . d u a s   f o t o s   r e c e n t e s ;
I I I . c omp r o v a n t e   d e   r e s i d ê n c i a .
A r t . 6 º  - São  responsabi l idades  do Capelão  t i tular :
I . mi n i s t r a r   c u r s o   d e   c a p e l a n i a   p a r a   i n t e r e s s a d o s   em  i n t e g r a r   a   e q u i p e  
d e   v o l u n t á r i o s ;
I I . s e l e c i o n a r   o s   v o l u n t á r i o s   d e   s u a   e q u i p e   e   s u p e r v i s i o n a r   s e u   t r a b a l h o ;
I I I . c o o r d e n a r   o   s e r v i ç o   d e   c a p e l a n i a   h o s p i t a l a r ,   r e s p o n d e n d o   p e l o
s e r v i ç o   j u n t o   à   d i r e ç ã o ;
I V . fornecer  à di r eção  relatór ios  bimes t rai s  ou quando  sol i c i tado;  e
V . a p r o v a r   o  ma t e r i a l   r e l a t i v o   a o s   s e r v i ç o s   d e   a t e n d ime n t o   e s p i r i t u a l   a  
ser  di s t r ibuído dent ro do hospi tal .
A r t . 7 º  O  c u r s o   b á s i c o   d e   c a p e l a n i a   h o s p i t a l a r   s e r á   r e a l i z a d o   p e r i o d i c ame n t e ,
s e m p r e   d e   a c o r d o   c o m   as   c o n v e n i ê n c i a s   d a   u n i d a d e   d e   s a ú d e ,   c om  d u r a ç ã o  
mí n ima   d e   7   h o r a s / a u l a   e   s e u   c o n t e ú d o   a b r a n g e r á   o r i e n t a ç õ e s   s o b r e   o   s e r v i ç o  
d e   c a p e l a n i a ,   n o ç õ e s   d e   a c o n s e l h ame n t o   r e l i g i o s o ;   a s s e p s i a   e   c omp o r t ame n t o  
ét i co no ambiente hospi talar .
A r t . 8 º   Em  h i p ó t e s e   a l g uma,  poderá um  voluntár io  imi s cui r -s e   n o s   p r o c e d ime n t o s  
r e g u l a r e s   d e   f u n c i o n ame n t o   e   a t e n d ime n t o   d o   h o s p i t a l ,   s em  a   e x p r e s s a
a u t o r i z a ç ã o   d a   d i r e ç ã o ,   o u   d e  mé d i c o   em  c a s o   d e   r i s c o   d e   v i d a .
§   1 º   S e r á   ime d i a t a   a   d i s p e n s a   e   r emo ç ã o   d o   h o s p i t a l   d e   i n t e g r a n t e   d a  
ca p e l a n i a   q u e   o f e r e c e r   q u a l q u e r   t i p o   d e   a l ime n t o ,   u s o   o u  ma n u s e i o   d e  
me d i c a ç ã o ,   i g u a lme n t e   p r o i b i d a   a  mo v ime n t a ç ã o   d e   p a c i e n t e ,   s em  o
c o n s e n t ime n t o   d e  mé d i c o   p o r   e l e   r e s p o n s á v e l .





§ 2 º  O  t r a b a l h o   d e  mé d i c o s ,   e n f e rme i r o s   e   a f i n s   s e r á   s emp r e   p r i o r i t á r i o   e  
s u a  o r i e n t a ç ã o   s e r á   a c a t a d a   p o r   t o d a   a   e q u i p e   d e   c a p e l a n i a .
Ar t .9º  A di reção do hospi tal  poderá des ignar  espaço  f í s i co a  ser  ut i l i zado pelo 
Capelão  t i tular  para ent rev i s tas ,   reuniões  e guarda do mater ial  ut i l i zado



A r t . 1 0 .  O  s e r v i ç o   v o l u n t á r i o   d e   c a p e l a n i a   h o s p i t a l a r ,   em  q u a l q u e r   n í v e l ,   n ã o   g e r a  
v í n c u l o   emp r e g a t í c i o ,   n em  o b r i g a ç ã o   d e   n a t u r e z a   t r a b a l h i s t a ,
prev idenc iár ia ou af im.
A r t . 1 1 .   E s t a   L e i   e n t r a   em  v i g o r   s e s s e n t a   d i a s   a p ó s   a   d a t a   d e   s u a   p u b l i c a ç ã o .
Plenário Teotônio Villela, 27 de fevereiro de 2003.
ED I M Í L S O N  DI A S
V e r e a d o r


Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados

Capelania Hospitalar

Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados

Ana Cleide Pacheco

Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por momentos difíceis. Os capelãos respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas levando a Palavra àqueles que desejarem.

De acordo com a capelã Valéria Cristina Henriques, trata-se de um trabalho gratificante. "É uma responsabilidade muito grande, pois assim como podemos ser bênção na vida do outro, podemos ser maldição também. Se passarmos ao doente a idéia de culpa – muitos entendem que a enfermidade é um forte indício de pecado oculto – ele pode se afastar ainda mais de Deus... Mas eu amo o que faço e é muito gratificante, apesar de partilhar de tanta dor e sofrimento".

Para Valéria, é um ministério com pontos positivos e negativos. Segundo ela, o saldo positivo é ver a transformação na vida das pessoas que descobrem o amor de Deus, Seu consolo verdadeiro e a paz que “excede a todo entendimento” em meio a tanta dor. O saldo negativo é ver quantas pessoas estão afastadas das igrejas, machucadas por doutrinas equivocadas, onde acabam longe de Deus, sem experimentar de uma intimidade maior com Ele e, nessa hora em que mais precisam dEle, sentem-se indignas de seu amor.

Diante dessa manifestação do amor de Deus, as reações são diversas. De acordo com Bruno Oliveira, pastor e bacharel em Teologia, especializado em Capelania Hospitalar, muitas não conseguem entender o que leva os capelães a serem voluntários nos hospitais e, muitas vezes, cumprir os horários mais à risca do que os próprios funcionários. "A Capelania reflete o amor de Deus às pessoas. Em um dos hospitais infantis onde atuamos, notamos que existia uma ociosidade entre as mães enquanto seus filhos faziam o tratamento. Criamos, então, um trabalho com artesanato que visa ocupar o tempo das mamães até o término das medicações dos filhos. Quando elas descobrem que nossa equipe é toda voluntária, ficam pasmas com tanto amor e dedicação. A equipe de Capelania só realiza esse trabalho porque acredita nesse amor".

Com relação às conversões, Bruno afirma que são inúmeras. "Temos vários testemunhos em que Deus transformou a vida das pessoas. Um que me marcou muito foi a da dona Josélia (nome fictício). Esta senhora tinha visto seu filho primogênito adquirir câncer e, em seu leito de morte, ouviu-o dizer: 'Mamãe, este fardo está muito pesado; eu não estou mais conseguindo carregá-lo...'. E ela lhe disse: 'Filho, descanse, pois eu vou levar este fardo para você!'. Surpreendentemente, encontrei dona Josélia, dez anos depois, em um dos nossos hospitais, também com câncer, no mesmo lugar onde o filho havia estado doente. Ela repetia para mim a mesma fala do seu filho: 'Este fardo está muito pesado; não estou conseguindo...'. Apresentei para dona Josélia o texto bíblico 'Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei... O meu jugo é suave e o meu fardo é leve...', e em seguida lhe fiz o convite para deixar Jesus carregar o seu fardo. Como foi bom naquele dia ver dona Josélia entregar sua vida a Jesus. Ela faleceu três meses depois e suas últimas palavras para mim foram: 'Eu vou me encontrar com você lá no céu...' Fico pensando quantas donas 'Josélias' existem em nossos hospitais precisando descobrir que Deus é capaz de carregar nossas cargas e nos dar uma paz que não depende das circunstâncias externas".

Serviço: Existem cursos para treinar pessoas que sentem no coração o desejo de se envolver com esse tipo de trabalho. Os treinamentos são realizados pela Capelania Hospitalar Evangélica do Rio de Janeiro (CAHERJ) e pela Associação de Capelania Hospitalar Evangélica (ACEH), que tem sua sede em São Paulo e coordena capelanias em todos os estados do país e em mais doze países. A CAHERJ é representante da ACEH no Rio de Janeiro e oferece vários cursos para visitadores e para capelães hospitalares. Informações sobre datas dos cursos podem ser adquiridas através do e-mail acaherj@gmail.com.