C A H E R J

C A H E R J
Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

sábado, 12 de outubro de 2013

DESAFIOS QUE TODOS OS DIAS SE APRESENTAM DIANTE DE NÓS


Josué 3   
Normalmente todos os dias se apresenta diante de nós grande desafios, três formas de encara-los:

- Ignorar
- Desistir
- Encarrar

Diariamente nos  deparamos com constantes desafios, enfrentar os desafios sempre traz alguma recompensa.  Para o povo de Israel a recompensa por encarar o desafio seria a conquista da terra de Canaã.  Esse foi o sonho de Israel por 40 anos.  Para realizar o sonho é preciso encarar o desafio. 
O desanimo e a falta de coragem levam pessoas a desistirem em continuar a enfrentar os desafios que a vida apresenta.  Questionamento apresentam-se quando estamos diante do 'Jordão', comum questionar a Deus. Tornar uma pessoa desanimada é um fator perigoso, alguns pregadores relacionam pessoas desanimadas a profetas do 'Diabo'.  Realmente conviver ou estar em companhia de alguém desanimado nos leva a desistir de nossos sonhos.  Na capelania essa característica não é apropriado para um cuidador ou acompanhante de um enfermo.  Em muitas vezes em visita em hospitais nossa atenção é direcionada para o cuidador, pois está mais abatido que o enfermos.
Todo desafio traz obstáculos, todo desafio requer estratégia (v.5), todo desafio requer uma força especial. No texto é verificado que a força especial seria a Arca da Aliança, um simbolo do pacto de Deus com o seu povo.  No verso 11 a presença da Arca era associada a presença do Espírito divino.  Em Romanos 8:32 relata que Deus está na frente de todas as coisas. 
Todo desafio requer atitude. Atitude de ouvir ao Senhor, atitudes de caminhar os passos da fé.
Encare o desafio, sonhe alto, parta par cima!




terça-feira, 8 de outubro de 2013

Quando os cristãos poderiam/deveriam processar outros

Quando os cristãos poderiam/deveriam processar outros
Por: Ruth A.M. Ross

Introdução
           Frequentemente, a questão é colocada: "Como cristão, é correto que eu vá a Juízo propor uma ação judicial ou buscar um remédio judicial?"  Alternativamente, "na nossa era moderna, é algo realista atravessar a vida simplesmente 'dando a outra face'" ?

           O Conflito é inevitável porque Deus nos fez diferentemente, com capacidades individuais para pensar, reagir e responder.  Conflitos não solucionados e prolongados dentro das congregações ou entre cristãs é particularmente problemático, porque deveríamos ser conhecidos "pelo nosso amor uns pelos outros" (1 João 3:11 "Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros..." - 1 João 4:7 "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus".)
            De acordo com a Escritura em 1 Co 6:11 ("Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus"), um quando um cristão processa outro isso, em si, já é uma derrota.  É o que aparece no texto em que Paulo fala especificamente a cristãos, em oposição aos não cristãos, enquanto usa palavras como 'crentes' ou 'irmão' e não ir a juízo perante os 'ímpios'.  Paulo recomenda que nós levemos nossas disputas perante 'os santos' ou crentes sábios que estejam em melhor posição para prover um julgamento.  Reconhecendo o escândalo causado por litigância entre cristãos, bem como a devastação do testemunho cristão, Paulo diz que seria melhor aceitar o prejuízo que ir perante os impios resolver um disputa.
            Alguns podem argumentar que essa passagem também limita ações judiciais contra os não crentes. Porém, a clara referência a 'irmão indo a juízo contra irmão' exclui tal conclusão.  Certamente, deve haver razões por que um cristão poderia decidir não acionar judicialmente um não cristão e algumas dessas razões serão examinadas abaixo.
             As cortes civis foram instituídas para decidir disputas entre partes que não podem se resolver por si mesmas.  Enquanto as cortes fazem seu melhor, muitas disputas emergem das fontes básicas do pecado ou da injustiça no coração da humanidade (onde as cortes seculares são incapazes de alcançar).  Os cristãos não são imunes a essas lutas, e frequentemente não podem encontrar uma solução para a raiz de suas disputas.  Essas questões que emergem do coração são melhor ministradas pela igreja, como Deus ordenou. Assim, a inequívoca admoestação de Paulo é de que levemos essas disputas perante os 'justos'.
              A igreja primitiva levou as instruções de Paulo a sério e apontou seus próprios anciões para julgar as disputas civis entre seus membros.  Tais 'cortes' do primeiro século aparentemente ganharam uma reputação tão forte que atraíram não cristãos e que, por fim, eram consideradas as cortes mais importantes na Europa por seis séculos.

É sempre correto para uma cristão processar outro cristão ?
             Os cristãos frequentemente discordam sobre como aplicar essa passagem da escritura (1 Co.6:11). Não podemos dizer categoricamente que esta passagem exclui toda possibilidade de processos judiciais entre cristãos hoje.  A realidade impõem que haverá tempos em que cristãos serão envolvidos em ações judiciais, sejam elas movidos por eles ou contra eles.  Embora ninguém goste do conflito dos procedimentos judiciais, em alguns casos eles podem ser necessários.  Todavia, antes de começar uma ação legal, é recomendado que certas condições sejam preenchidas.
              Mais importante: os cristãos deveriam exaurir todos os recursos disponíveis usando métodos bíblicos através da igreja ou outras formas de trazer solução pacífica.  Embora Jesus tenha abençoado os pacificadores (Mateus 5:9 -"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus".), os evangelhos registram pouco sobre seus ensinos acerca de meios práticos para conseguir a paz.  A escrituras instrui os crentes a resolver suas disputas de acordo com Mateus 18:15-20 - (texto sobre 'como se deve tratar a um irmão culpado').
              De fatos, esta é a única passagem da escritura que registra um procedimento para ser seguido na tentativa de resolver disputas.  Onde for necessário, essa orientação carrega a responsabilidade de iniciar a paz por meio de um encontro frente a frente para comunicar abertamente, discutir diferenças honestamente e genuinamente ouvir sobre os pontos de vista do outro.  para fazer isso pode ser necessário, também, procurar conselheiros ou mediadores para ajudar na reconciliação.
               Essa conduta deveria trazer solução para a maioria dos casos.  Pode ser possível que os líderes da sua igreja arranjem um encontro entre você e seu adversário ( ou os lideres da igreja dele) para resolver a disputa.  Ambas as partes podem escolher apontar uma terceira pessoa ou pessoas e concordar em se obrigarem pela decisão daquela(s) pessoa(s).  Onde a questão envolver abuso físico ou sexual, as partes podem (devem) considerar envolver a polícia ou as cortes desde o início e, onde for apropriado, concorrentemente com a igreja.  Por causa da complexidade da maioria das disputas, o potencial para o desequilíbrio de poder e a necessidade de pareceres legais independentes, as partes fariam bem em incluir um advogado cristão no processo.
                Por fim, a disputa pode prosseguir nas mãos dos advogados, com ou sem a sua sanção, não obstante seus melhores esforços para resolver a causa.  Muitos advogados recomendarão formas alternativas de solução de disputas ao invés de propor uma ação judicial.  Esse assunto é discutido extensivamente em um artigo que está sendo publicado pela mediadora e advogada Valerie A. Hazlett, intitulado Mediação: Resolução Criativa de Disputas.  A maiorias dos advogados hoje em dia é treinada em mediação e formas alternativas de resolução de disputas, incluindo modelos como Collaborative Law, especialmente em questões de família.
                Antes de proceder à discussão de outras pré-condições à litigância judicial, devemos enfatizar que alguns podem se autodenominar cristãos, mas podem não ser qualificados como 'crentes' ou ' irmãos' nos termos de 1 Co. 6:11.   Isso pode se dar, por exemplo, em caso de crentes excluídos por disciplina interna da igreja, ou porque se recusam a submeter-se à igreja ou à apropriada autoridade espiritual.  Tal ofensor pode não se qualificar como 'crente' dentro do contexto dessa passagem, que adverte contra ir à corte contra tal pessoa.


Outras condições e considerações antes de propor uma ação judicial:

Reconheça o quanto Cristo perdoou você e com tal reconhecimento, e em obediência a Cristo, perdoe seus ofensores.  frequentemente as ações judiciais começam com uma motivação errada.  Seja cuidadoso para que isso não seja uma busca por vingança, provocada por um propósito maior que interesse próprio - Fp 2:3-5 ("Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.  Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.  Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...") e Mateus 6: 11-15 (oração dominical).

Ouça o conselho dos seus lideres eclesiásticos e do outros sábios e espirituais e espirituais que estejam de fora do assunto.  Considere o conselho de um advogado cristão em pesar as consequências a ação apropriada.  Se sua liderança eclesiástica e sábios conselheiros acreditam se inapropriado ingressar com a ação, você fará bem em ouvi-los e desistir. ( Provérbios 11:14 -"Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança...")

Esteja certo de que suas ações em buscar a ação sejam consistentes com a escritura.  Do contrário, esteja certo de que a escritura não proíbe a ação que você planeja executar.

Se você está buscando fazer valer um direito, lembre-se de que nem todos os 'direitos' são biblicamente baseados.  Ao contrário, em muitas instâncias, um cristão é conclamado a dessistir de direitos, caminhas mais uma milha, dar sua túnica a seu irmão e dar sua vida pelo outro.  Pergunte a se mesmo, "Essa ação vai trazer a glória a Deus, ajudar outros ou fazer avançar o Reino de Deus de alguma forma"? ( 1 Co 10:23-33)

Faça as contas do custo.  Litigar pode ser bastante caro, não apenas em termos financeiro, mas em termos emocionais, físicos e espirituais também.  No fim, acaba cobrando um pedágio em mais que apenas as partes principais da disputa.  A onda de choque da ação legal no tempo impacta famílias, amigos e igrejas inteiras.

Pese a importância dessa questão à luz da eternidade.  Se a questão vier a causar impacto sobre seu testemunho ou causar tropeço a outros, talvez o Senhor lhe peça para sofrer a perda ao invés de prosseguir. ( Rm. 14:13"Não julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão;  1 Co. 10:23-33;  1 Tm 4:12"... de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar.")

Considere como você prefere gastar ou investir seu tempo.  Não é incomum que uma ação demore anos para ser resolvida.  Pergunte a si mesmo, se você tivesse apenas um tempo limitado para viver, quão crítico seria continuar com a ação judicial ? ( Salmo 90:12 "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio".)

Explore métodos alternativos para solucionar a causa rapidamente com seu adversário.  Com o passar do tempo, os conflitos frequentemente ficam mais difíceis de serem solucionadas ( Mateus 5:25"Entre em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão".

Examine a atitude do seu coração, e considere se essa situação não é um processo pelo qual Deus pode mostrar a Si mesmo forte e revelar seus divinos propósitos através do seu sofrimento, e não o momento de encontrar satisfação pessoal, limpar seu nome ou proteger sua reputação. (Fp 2:3-11; Fp 3:7-14; 1 Pe 6:7)

Considere os seus caminhos.  Eles estão dando satisfação a Deus, ou há uma necessidade de consertos, pedir perdão ou mudar suas ações para acalmar a disputa e curar o relacionamento?  Seguir o caminho correto de ação pode realmente trazer a paz entre você e seu inimigo. ( Provérbios 16:7 "Sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos".)

Conclusão:  esta foi uma tentativa abreviada de discutir um tópico muito amplo e complexo, e como todo bom advogado, penso que seria sábio terminar com uma advertência.  Como cada série de circunstâncias é única, seria impossível ter uma resposta apropriada para cada uma.

Seria bom que você buscasse sábios conselhos por intermédio de um pastor, advogado cristão ou conselheiro (cristão).  Deus nos chamou para o ministério de reconciliação, e assim nos chamou para reconciliar relacionamentos por intermédio da imitação de Cristo.  Temos de perseguir a paz e não ambições egoístas. ( Sl 41:1-4; Tg 3:13-18).  Lembre-se do que Jesus disse quando nos advertiu a não nos apegarmos a regras legais mas a considerar as mais significativas questões da lei - justiça, perdão e fidelidade Mateus 23:23.  Lembre-se de sua herança cristã, do poder da oração, das promessas de Deus sobre protegê-lo e do Justo Juiz em quem você põe sua confiança ( Is 54.17; 2 Tm 4:18).  Por fim, considere o maior advogado de todos como seu melhor exemplo.  No fim, apenas você pode decidir acerca de que o Senhor requer de você.