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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Ministério Terreno de Jesus Cristo: Descobertas Arqueológicas e Geográficas

apontamento aula com professor Pr. Renato Maia

A narrativa da paixão, morte e ressurreição constituem um bloco mais ou menos homogêneo nos três primeiros evangelhos.  em João é apresentado com certos aspectos especiais.  Os três primeiros Evangelhos são chamados sinópticos, porque têm uma boa dose de material em comem. Sinóptico significa visto em conjunto.  A comparação deles nos leva, desde logo, à conclusão que Marcos, o menor deles, é o que nos mostra Jesus Cristo em ação.  Não registra Marcos grandes discursos como o faz Mateus, nem séries de parábolas, como os outros dois, mas estabelece cronologicamente o itinerário do ministério de Jesus.  Marcos abstém-se de qualquer informação prévia ao início do ministério; contém, apenas, uma apresentação da ação de Deus encarnado.  Parece-nos que Marcos pensava nos romanos quando escrevia o seu evangelho.  Evidentemente escrevia a gentios e não a judeus, porque muitas vezes faz identificação de termos, medidas e distâncias, e usa uma linguagem mais própria para gentios.
Mateus, deferentemente de Marcos, não só é um Evangelho mais longo, mas caracteriza-se pelo registro de grandes discursos, como o sermão do monte, sermão profético ou a série de parábolas, registradas no capítulo 13. Mateus usa linguagem mais especificamente judaica, porque se abstém de fazer identificações que seriam inúteis e, sobretudo, porque faz, em quantidade notável, citações do V.T.  Quem quer que se dê ao cuidado de verificar as citações do V.T. em Mateus, verá que há nesse Evangelho verdadeiro estribilho: "Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz..."
Lucas não foi escrito nem para romanos, nem para judeus, mas para os gregos, que gostavam da harmonia nas artes e no pensamento filosófico.  O homem, para o grego, é a medida de todas as coisas.  A civilização grega á antropocêntrica.  E Lucas, que escreve para o seu amigo grego, Teófilo, faz a apresentação de Jesus Cristo como homem perfeito. A frase "filho do homem" aparece ai muitas vezes, não sem razão.
Quanto a João, lembremo-nos de que é um evangelho escrito após os outros.  João não repete, senão, num só caso, os milagres narrados nos Evangelhos sinópticos.  João conta outros milagres; detalhes significação especifica.  O caso único de repetição do mesmo milagre nos quatros Evangelhos é o da multiplicação dos pães; embora repetido por João é apresentado de modo mais completo no que diz respeito à significação do próprio milagre (João 6).  Mas não é apenas isto.  Muitas vezes teremos, através do estudo do Evangelho de João, oportunidade de alcançar, mais que noutros Evangelhos,  conhecimento de aspectos até então desconhecidos da vida intima de Jesus.
É útil fazermos uma harmonia dos Evangelhos.  É que a visão conjunta deles nos mostra que as repetições não são inúteis.  São sempre acompanhadas de aspectos novos que se completam.

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