C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

quinta-feira, 30 de maio de 2013

CUIDADO PALIATIVO - Assistência Espiritual


CUIDADO PALIATIVO

A história dos hospitais teve seu início nas casas de misericórdia, fundadas por
religiosos para dar conforto àquele que, em seu leito de dor, enfrentava a última etapa
de sua caminhada terrena.
O cuidado do corpo estava intimamente ligado à cura da alma. Ainda que a
doença não pudesse ser tratada com vistas à cura, a alma do doente poderia ser
consolada, perdoada, e encontrar no sofrimento sentido ou para viver em meio à dor,
ou para partir em paz, rodeado pelos seus amados.
Por definição, Cuidados Paliativos enfoca tratamentos que não têm como alvo
alcançar a cura do paciente, mas por outro lado, substitui o “não há mais nada a
fazer” por “há muito que podemos fazer por nossos pacientes”, e é neste espaço que
entra, como parte do tratamento, o cuidado espiritual do paciente e de seus cuidadores.
Muitas pesquisas sobre o impacto da fé sobre a saúde física e mental têm sido
realizadas por cientistas, principalmente nos EUA. Uma dessas, realizada em 1997
pelo Instituto Gallup, mostrou que as pessoas enfermas querem ter suas necessidades
espirituais atendidas quando elas estão próximas à morte. George H. Gallup Jr. escreveu:
“A mensagem global que emerge deste estudo é que o povo americano quer
recuperar e reafirmar a dimensão espiritual no processo do morrer1.”
Outros estudos descobriram que trabalhar com a espiritualidade é um fator muito
importante para lidar com a dor no morrer e com o enlutamento. Pacientes com
câncer avançado que encontraram conforto em suas crenças religiosas eram mais
satisfeitos com suas vidas, mais felizes e tinham menos dor, comparados àqueles que
não tinham uma crença religiosa2.
Sabendo que todos os seres humanos têm um componente espiritual, podemos
dizer que todos os profissionais da saúde podem ter este contato espiritual com o
paciente. Mas nem todos podem responder as profundas questões relativas ao sofrimento,
ou levá-las a encontrar em seu Deus o seu socorro.
Por esta razão é tão importante o papel do capelão como parte da equipe Assistência Espiritual.

Eleny Vassão de Paula Aitken



Cremesp - Publicado em 3/março/2010 |  Editoria : Publicações do USP -  agenusp@usp.br

O Cremesp fica na Rua da Consolação, 753, Centro, São Paulo. 

Mais informações: (11) 5090-0590, site www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/integras_pdf/livro_cuidado%20paliativo.pdf

De autoria de 47 autores e colaboradores, incluindo profissionais do Programa de Atendimento Domiciliar e de Cuidados Paliativos (PAD) do Hospital Universitário (HU) da USP, o livro Cuidado Paliativo está sendo distribuído gratuitamente a profissionais e estudantes da saúde na na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e em versão online pelo site do Conselho. Organizada pelo Cremesp, a obra já esgotou as duas primeiras tiragens.

Estudo sobre a importância do diálogo entre profissionais de saúde e usuários é premiado no SUS

Estudo sobre a importância do diálogo entre profissionais de saúde e usuários é premiado no SUS
http://www.usp.br/agen/?p=6156
Por Da Redação - agenusp@usp.br
http://www.usp.br/agen/wp-content/themes/agen/images/data.gifPublicado em 10/abril/2007

O diálogo entre profissionais de saúde e usuários pode ser positivo e se transformar em elemento central para novos e promissores modos de cuidar da saúde. Segundo uma pesquisa realizada na Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (EERP), hoje essa relação comunicacional está pautada por importantes encontros entre esses dois mundos, mas também por sérios desencontros. Para a autora do estudo, a enfermeira Priscila Frederico Craco, existe a necessidade de se construir pontes lingüísticas, ou seja, uma interação por intermédio da atitude de falar e ouvir, nos discursos técnicos e não técnicos, para que haja maior entendimento dessa rede de conversações que acontece no cuidado à saúde.
O trabalho de Priscila, "Ação comunicativa no cuidado à saúde da família: : encontros e desencontros entre profissionais de saúde e usuários", orientado pela professora Maria Cecília Puntel de Almeida, recebeu menção honrosa no Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS – Sistema Único de Saúde – 2006. O objetivo do estudo foi compreender as comunicações e ações dos profissionais da saúde e usuários envolvidos no cuidado com a saúde da família e interpretar as possibilidades e dificuldades da comunicação nesse contexto.
A pesquisa foi realizada durante um ano e meio em um Núcleo de Saúde da Família em Ribeirão Preto e utilizou a abordagem qualitativa e a entrevista semi-estruturada como métodos de coleta de dados. Foram entrevistados 15 usuários e todos os profissionais da saúde do serviço, num total de 32 pessoas. Foram analisados os ideais de vida, saúde, trabalho, família, cuidado e relacionamento.
Afeto, falar e ouvir no serviço de saúde
Priscila identificou encontros e graves desencontros nesse processo de comunicação entre profissionais de saúde e usuários. Os resultados positivos a pesquisadora chamou de "encontros". Entre esses "encontros" ela detectou os sentimentos, ou seja, para os usuários um cuidado com presença de afeto e espiritualidade interfere positivamente para enfrentar a doença, a perda, a morte, a violência. Apareceu, ainda, a relação de diálogo e comunicação, que segundo ela só será possível se estiver presente a atitude de falar, mas principalmente de ouvir. "As pessoas identificaram problemas e situações vivenciadas nos serviços de saúde onde esta ação comunicativa, altamente desejável, torna-se literalmente um ‘monólogo’, ‘uma conversa de surdos e cegos’, onde o outro não é escutado, nem visto como um ser humano", revela Priscila.
Outros elementos também apareceram como valores humanos e éticos. "Algumas ‘pistas éticas’ importantes relativas ao ato de bem cuidar foram expressas, como respeitar ao outro e aos seus, respeitar os próprios limites, manter sigilo das informações, não se deixar levar por preconceitos e excluir". Ainda, segundo Priscila, no dia-a-dia do serviço de saúde, os espaços grupais, onde os profissionais de saúde interagem com os usuários, podem ser importantes locais de diálogo, como por exemplo o caso de uma usuária que compartilhou sua vivência da violência/agressão física sofrida num grupo de artesanato promovido no serviço pesquisado.
Saber popular e saber técnico
Entre os movimentos de distanciamentos entre profissionais de saúde e usuários, chamados de desencontros, destacam-se a falta de interação entre o saber popular e o saber técnico-centífico. Segundo a pesquisadora, o saber popular ou prático, em geral é mediado por experiências cotidianas de vida, marcadas por uma linguagem prática, e o saber técnico-científico ou biomédico é mediado por interações permeadas por uma linguagem técnica. "No depoimento de uma usuária identificamos que, de modo geral, há uma desvalorização do saber popular por parte do profissional de saúde. Segundo ela, o profissional da saúde que cuida do seu filho, vê a alergia respiratória dele como ‘normal’". Em contrapartida, a mãe sofre ao ver seu filho vivendo dificuldades para respirar e vê o problema como ‘anormal’, não acatando a prescrição do profissional de usar soro fisiológico. Ela prefere dar chás caseiros para a criança e resolver o problema, e expressa que o seu filho não está recebendo um bom cuidado", relata a pesquisadora.
A linguagem codificada, utilizada principalmente pelos usuários de saúde apareceu como outro fato de desencontro nessa relação. "Esse é um fator de distanciamento e exclusão, assim como lançar mão da autoridade médica e estratégias de ameaças, excessiva intromissão na vida das pessoas, como forma de chamar a atenção do usuário", afirma Priscila. Outra questão que surgiu e dá a real dimensão de como a comunicação se dá na prática, segundo a pesquisadora é o desencontro de horizontes normativos, que pode ser observado no relato do caso de uma usuária "Diante da obesidade mórbida, o profissional de saúde vê doença causando ‘dor nas costas’, problema biológico que será solucionado com a redução do peso corporal. Enquanto que, para o usuário, a dor na coluna é apenas uma desculpa, na verdade trata-se da ‘dor na vida’ – baixa auto-estima, sofrimento da alma – e isso é que o mobiliza a procurar auxílio no serviço, onde irá encontrar um ‘caminho para a vida’, pois vai ser escutado pelo profissional de saúde", finaliza.
(Com informações do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto)

Mais informações: imprensa@pcarp.usp.br

Oncologistas se sentem despreparados para lidar com a morte

Oncologistas se sentem despreparados 
para lidar com a morte
http://www.usp.br/agen/?p=6215
http://www.usp.br/agen/wp-content/themes/agen/images/data.gifPublicado em 16/setembro/2008 | http://www.usp.br/agen/wp-content/themes/agen/images/editoria.gifEditoria

Estudo da psicóloga Lílian Cláudia Ulian Junqueira, desenvolvido na  Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, revelou que médicos oncologistas sentem a falta de abordagem das várias dimensões do ser humano no ensino de graduação. O estudo aponta que os médicos, apesar da marca positivista na formação, já enxergam além dos aspectos orgânicos do paciente. “Além da formação acadêmica, o profissional precisa entender a própria finitude para poder olhar as várias dimensões do paciente que vivencia sua terminalidade”, diz a pesquisadora.
Na pesquisa, orientada pelo professor Manoel Antônio dos Santos, da FFCLRP, Lílian entrevistou oito oncologistas. Para a coleta e análise dos dados utilizou o método fenomenológico, que se propõe a ir à essência das coisas, valorizando para tanto a descrição que cada participante do estudo oferece de suas vivências. Os resultados revelaram que os médicos têm uma abertura para a compreensão da experiência religiosa do paciente. No entanto, o fazem com muita dificuldade e ambigüidade quanto às condutas a serem adotadas, o que os faz transitar entre o cuidar autêntico e o inautêntico.
“Apareceram momentos em que eles se sentiram desconfortáveis ou mesmo irritados, por exemplo, quando o tratamento é preterido pelo paciente, que o coloca em segundo plano, justamente na hora em que se esperava adesão à terapêutica instituída. Nesses casos, as possibilidades de cura são delegadas a Deus. Nessa hora, o profissional se sente impotente e destituído de importância”, conta Lílian. “Em outros momentos, eles perceberam que o paciente necessita do movimento de se ‘religar’ com o transcendental, que a religiosidade propõe, lembrando aqui da origem etimológica do termo religião”.
De acordo com a psicóloga, os médicos contam que respeitam as crenças dos pacientes porque sabem que, com isso, conseguirão se aproximar deles e, assim, poderão levar o tratamento em paralelo à busca de apoio espiritual. “O médico percebe que a espiritualidade pode ser uma excelente aliada na luta contra as adversidades e o sofrimento, que são inerentes ao adoecimento por câncer”, acrescenta.
Sofrimento
Lílian aponta que o estudo procurou fornecer subsídios para o planejamento de intervenções terapêuticas e pode contribuir, principalmente, na aproximação com o paciente em situação de sofrimento. “Muitas vezes os profissionais, que estão numa posição de acolher tanta dor e sofrimento, não têm com quem compartilhar seus sentimentos. Não dispõem de um espaço formal para cuidarem de si”, alerta. “Por essa razão, eles apontam a necessidade  de maior atenção à dimensão psicológica do ser humano no currículo de  graduação em Medicina, o que é recomendado pela filosofia dos cuidados paliativos”.
Segundo a psicóloga, com o amadurecimento do profissional, por mais que ele traga a marca positivista da formação, acaba olhando o paciente como ser humano, um ser integral e, portanto, um ser de possibilidades. “A maioria tem uma família constituída, pratica alguma atividade de lazer, ou seja, vivencia outros aspectos da vida, o que é fundamental para que enxergue também outras dimensões no paciente”, afirma.
Lílian observa ainda que o aprofundamento contemporâneo da questão da bioética, também fez surgirem muitas dúvidas e o próprio médico não tem um parâmetro claro dos limites, ou esses limites não estão tão claros. “O médico, no decorrer de sua formação e de sua prática, exercita forte obstinação terapêutica”, ressalta. “Mas, se ele começa a pensar na sua própria finitude, automaticamente vai pensar no outro, no que é morrer  bem, do ponto de vista biopsicossocial e espiritual”.
Essas questões são abordadas em profundidade na disciplina O Câncer, a Morte e o Morrer, oferecida anualmente pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia, da FFCLRP.Os resultados da pesquisa serão apresentados ainda este mês para obtenção do título de mestre junto ao Programa de Pós-graduação em Psicologia da FFCLRP. Os resultados preliminares do estudo, no entanto, já foram premiados, em agosto, no X Congresso da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia e III Encontro Internacional de Psico-Oncologia e Cuidados Paliativos, realizados em Fortaleza, Ceará. A pesquisadora recebeu o primeiro lugar entre as comunicações orais e obteve a segunda colocação entre os pôsteres apresentados.
Para o orientador da pesquisa, os prêmios recebidos significam o reconhecimento da área de Psico-oncologia e revelam a necessidade de novas pesquisas para desvelar as percepções de um profissional que é chave nos serviços de saúde e que ainda ocupa uma função crucial dentro da assistência em oncologia, mesmo em época de multi e interdisciplinaridade. “Cuidar transcende o simples tratar, pois abarca, além das dimensões físicas, as demandas emocionais, espirituais, sociais, culturais e éticas do doente”, ressalta Manoel Antônio dos Santos. “Cuidar de alguém que vivencia sua finitude exige uma assistência que não seja centralizada nas necessidades físicas e no alívio da dor somente, mas que tende a ver a integralidade do ser, em seu caráter de impermanência”.

(Fonte: Rosemeire Soares Talamone, do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto)
Mais informações: e-mail masantos@ffclrp.usp.br


CONGRESSOS, CURSOS E CAPACITAÇÃO EM CAPELANIA 2013 no RIO DE JANEIRO


CONGRESSOS, CURSOS E CAPACITAÇÃO EM CAPELANIA 2013

CURSO DE CAPELANIA NO SOFRIMENTO SP
30MAIO a 02JUNHO 2013 - aulas 8 as 18hs 
Local: Anfiteatro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas - SPhttp://www.capelania.com/
email: capelaniaevangelica@gmail.com
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CAPACITAÇÃO DE VISITAÇÃO A ENFERMOS RJ
15 JUN 2013 - sábado - 09 as 17hs 
Local: Igreja Batista Atos 2 - Maricá RJ
contato - vladimir.atos2@gmail.com
twitter: @CapelaniaRJ
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CAPACITAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA ATUAR NO SEMIU RJ
29 JUN 2013 - sábado - 09 as 17 hs
Local: auditório Hospital SEMIU RJ
Av. Vicente de Carvalho, 1159 Vila da Penha - RJ
contato: antonio-guedes2011@live.com (21)02199913837
twitter: @CapelaniaRJ
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OFICINAS DE CAPELANIAs (Hospitalar, Luto, Escolar,Prisional)
03 AGO 2013 - sábado de 9 as 18hs
Local - Igreja Batista Itacuruça RJ
coord. Pr José Maurício (21) 33449700
margaret.borges@gmail.com

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Uma carta para as filhas...






Olá minhas lindas!

    Não tenho conseguido criar oportunidade para um olá com vocês. Uma grande dificuldade que tenho tentado superar. Claro que nossos horários têm muitos conflitos, meu horário de trabalho na empresa e também meus compromisso na capelania e na Igreja. Do lado de vocês horário de faculdade, compromissos sociais (são muitos) e agora horários de trabalho de vocês.  Interessante que algumas vezes ficamos algum dia sem nos encontrar dentro de casa.  Isso sem falar no horário da mamãe que voltou a trabalhar.  É natural ficar adiando esse nosso encontro, pois os problemas vão surgindo e crescendo dia a dia.

       Tenho andado muito preocupado com vocês, as duas quase na mesma época saindo de um rompimento de relacionamento de namoro. Muita tristeza, muita dor de cotovelo, muita vontade de ficar sozinho. Tenho me mantido 'afastado' tentando sinalizar que estou por perto. Sei que é natural uma inclinação para procurar a mamãe nessas horas, até por que os 'dois' se tornaram como filhos para mim. Companheiros de futebol, companheiros no auxilio de alguns deveres em casa (computador, instalação de equipamentos eletrônicos e etc.), companheiros de pizza, companheiros de papo de homem em casa, pois sou único entre vocês em casa. Com eles houve uma igualdade numérica.

      Quero que saiba amo e tenho orgulho de vocês.  Tenham certeza que sempre estarei ao lado de vocês sempre.  

       Fiquem certas que não julgarei suas escolhas, pois exercito a consciência em respeitar suas escolhas e decisões.  Sabemos através da leitura bíblica que somos passíveis em sofrer as conseqüências de nossas escolhas. Posso não concordar com algumas atitudes e opções por vocês tomadas, mas estarei ao lado das duas sempre para ajudá-las a caminharem com as conseqüências que recaia sobre suas vidas.

       Outra coisa somos também direcionados pelo Espírito Santo e orientados pela leitura bíblica que devemos perdoar sempre.  Por isso peço perdão por minhas reações e posturas que tenha magoado vocês.  Sei que não sou perfeito, mas tenho ciência de meu dever em amá-las sempre.  Sou uma pessoa que sigo os ensinos de Jesus como único caminho para alcançar a paz e bem estar com as pessoas.  Amar ao próximo é um alvo e ideal a ser alcançado por mim.  Sei que o amor em sua plenitude está em nós, em nossa essência de vida, tendo visto que somos filho de Deus, Ele sim é amor Absoluto.  Procuro desenvolver esse potencial divino dia-dia, para que a nossa razão e instinto não nos leve a permanecermos em um viver tomado pelo orgulho ou no egoísmo.  É comum ouvir das pessoas a expressão: - eu amo a minha família!  Mas sabemos que nem todos os familiares se amam.  
Nossa família pode não ser o que achamos como ideal, mas sei que nos amamos de verdade.

        Em palestras e estudos que tenho feito, costumo dizer que normalmente as pessoas desejam amar o próximo querendo  que outro o faça feliz,  tornando da maneira que é idealizado por quem se predispõe a amar, ou seja, queremos que o outro tenha os nossos ideais e a nossas convicções e as nossas verdades.  O fato é que normalmente não sabemos amar o próximo e nem amarmos a nós mesmo.

         A verdadeira maneira de amar alguém seria respeitar e aceitar as diferenças pessoais de cada pessoa, e ter o desejo de ver sempre o outro feliz e contribuir para essa felicidade.  Em nosso convívio familiar dia-dia seria o lugar adequado para exercitamos de maneira continua e constante o ato de amar.  Tenho como alvo para o meu viver amar a todos com desprendimento, sem exigir nada em troca, pois somos orientados pela palavra de Deus que amar é um exercício de permanente de renuncia, em que viveremos humildemente visando o bem estar do próximo.  Na Bíblia encontramos, " melhor dar do que receber..." " O muito se pedirá a quem muito foi dado (fala de Jesus). “. 

     A diversidade não é algo bem aceito por nós, mas sabe-se que quanto mais diferentes são as pessoas de nós, maior é o beneficio na relação entre elas, isso porque são as diferenças de cada pessoa que nos leva ao amadurecimento como indivíduos regenerados pelo sangue de Jesus, pois a igualdade ente pessoas de certa forma facilita a convivência, mas nunca levará alguém ao crescimento como é proposto por Deus para cada filho seu, isso pela acomodação ao bem-estar dessa relação.  Quanto mais difícil amar alguém diferente de nós, ira nos levar uma busca permanente do controle (domínio próprio) de nossas reações e atitudes negativas que não agradam a Deus.

 Bem, quero dizer que amo muito minhas filhas, amo muito vocês!   Peço sempre a Deus por nossa família, por nossa segurança, por livramentos diários, por nossa salvação em Jesus. Continuarei buscando sempre aprender amar a cada um de vocês da maneira que Jesus nos orienta, com ajuda e auxilio divino conseguirei ser o pai, o amigo que cada uma de vocês necessita e precisam.   Desejo estar sempre ao lado de vocês duas, mesmo que as conseqüências de suas escolhas sejam difíceis, caminharemos juntos como família sustentada e renovada no Senhor a cada dia.  Sabemos que Deus perdoa e esquece nossos pecados e através desse perdão somos considerados novas criaturas (branco como a neve). 

     Que possamos entregar o cada dia nosso caminho ao Senhor, tenhamos a coragem de viver na dependência divina e sempre renovados na esperança e certeza que Deus tem o melhor para cada um.

    Bom um pouquinho de Bíblia:

"Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado; decepcionados ficarão aqueles que, sem motivo, agem traiçoeiramente". (Salmo 25.3)

"Mas agora, Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti". (Salmo39. 7)

"Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus". (Salmo 46.11)

"O Senhor se agrada dos que o temem, dos que colocam sua esperança no seu amor leal". (Salmo 147.11)

"Sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu" (/Romanos 5.3b-5).

"Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”. (Romanos 8.28)

"Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração". (Romanos 12.12)

"Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos de todos os homens, os mais dignos de compaixão". (1Coríntios 15.19)

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais poderá perecer macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até chegar à salvação prestes a ser revelada no último tempo". (1Pedro 1.3-5)

"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro". (1João 3.2-3)


Beijos, amo vocês!

papai


DICAS PARA ELABORAÇÃO DA LISTA DE CONVIDADOS DE UM CASAMENTO.


DICAS PARA ELABORAÇÃO DA LISTA DE CONVIDADOS DE UM CASAMENTO.

Como é difícil trilhar o caminho minado que é a lista de convidados de uma festa de casamento

Inicialmente existe a vontade de convidar todos os conhecidos, mas é necessário primeiramente definir o perfil da festa, uma pequena celebração para familiares e amigos íntimos ou uma grande festança com todos os conhecidos.  Essencial definir em conjunto fazer uma contagem de familiares e amigos. Interessante analisar impossibilidade de comparecimento de alguns convidados em relação a data escolhida.

Uma boa postura entre o casal é acordar uma igualdade em relação à quantidade de convidados para cada um.  Não havendo essa igualdade na cota de convidados,  compensar a diferença a favor do outro. Uma simulação; em uma recepção de 200 convidados há uma sinalização de 100 convidados para cada uma. Se um definir 80 convidados o outro teria uma disponibilidade (bônus) de 20 convidados ‘extra’.
 
Antes de o casal concluir uma definição do total de convidados, existe uma necessidade de considerar uma possível existência de outra lista de convidados. Os pais dos noivos provavelmente têm suas listas de convidados, criando assim uma árdua negociação para o casal exercer o direito de veta algumas pessoas, necessária muita sensibilidade dos noivos.

Outro ponto importante antes da definição final da lista de convidados é a definição do local da festa, pois é analisada a capacidade de acomodação do espaço. Com uma boa orientação o casal é informado que a oferta de lugares é sempre maior que a lista de convidados. Um exemplo, 200 convidados, necessário disponibilidade de 10% a mais de lugares. Isso significa que teremos, por exemplo, 22 mesas com dez lugares disponibilizando 220 lugares.  Isso devido a possibilidade de haver sobrando 1 ou 2 lugares em cada mesa devido possíveis dificuldades da acomodação dos convidados. Próximo passo seria definir dentro do universo dos convidados  aqueles que não podem ser esquecidos e aqueles que não são essenciais.   Pode-se usar alguns critérios para fazer uma revisão na lista como, alguém que não tenha mantido contato com mais de seis meses, quais dos amigos solteiros com ou sem par,  amigos com menos de um ano de convívio social.

Leva-se em consideração o percentual de convidados impossibilitados em comparecer, assim cria-se uma oportunidade em arriscar estender número de convidados acima da acomodação confortável do salão.  Lembrando sempre a necessidade do serviço de confirmação dos convidados para uma administração ideal.


Deve haver um critério definido em relação à participação ou não dos filhos dos convidados.  Considera-se que crianças acima de 12 anos são contadas como convidado normal.

E finalmente em relação ao grupo amigos de trabalho, um bom critério é dar uma atenção para aqueles que os noivos tenham um bom relacionamento  (socializar) dentro e fora do ambiente de trabalho. Independente da seleção, bom não deixar de fora o ‘chefinho’.

Boa sorte!

Washington Campello
Bacharel em Teologia
Comerciante - Eventos
www.toutefacon.com.br

sábado, 20 de abril de 2013

A viúva de Sarepta



Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves

Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25,26).

Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.

Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25,26).




1 Reis 17.8-16.

8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
10 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.
12 - Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.
13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho.
14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra.
15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.


introdução

Palavra Chave
Provisão: Abastecimento, fornecimento, mantimentos.

A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção de seu propósito.

I. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA

1. A fonte de Querite. Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Quente, que está diante do Jordão” (1 Rs 17.3). Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 17.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secará!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Num momento de crise Elias se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.


II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS

1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 17.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia.
O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4.25,26). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.
2. A providência de Deus. A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Pela sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.


III. O PODER DA PALAVRA DE DEUS

1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.” (1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13), O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Na escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de Deus.


IV. O PODER DA ORAÇÃO

1. A oração intercessória. O texto de 1 Reis 17.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porém, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um novo desafio e somente a oração provará a sua eficácia. O filho da viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu ao seu servo.
2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs 17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.


SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O clamor intercessório e perseverante confirmam o poder da oração.


CONCLUSÃO

A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS


1. Geograficamente falando, onde ficava Querite e Sarepta?
R. Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de quinze quilômetros de Sidom.

2. De que forma vemos a ação de Deus se manifestar em Sarepta?
R. Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era necessário para ela e para Elias.

3. Que lições podemos aprender do milagre na casa da viúva?
R. Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então haverá garantia para a provisão da escassez humana.

4. No episódio da ressurreição do filho da viúva, quais aspectos da oração podem ser destacados?
R. Os da oração intercessória e perseverante.

5. Segundo a lição, como devemos alcançar os nossos objetivos?
R. Com perseverança.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Geográfico

“Sarepta
Durante os três anos de seca sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pronunciado o julgamento de Israel, à cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa mediterrânea, na estrada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna Sarafand. Sarepta é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais cidades da costa (ANET, p.477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1768).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Devocional

“1 Reis 17.8-16
Aqui nós temos um relato de outra proteção que Elias recebeu e de outra provisão que lhe foi feita durante o seu isolamento.Da assolação e da fome se rirá aquele que tem Deus por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite está seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o conhecem (Sl 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não; por que Deus não o enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma variedade de formas de sustentar seu povo e não está preso a nenhuma. Deus agora proverá para ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha sido, enterrado vivo. Observe:
[...] O lugar para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude dos tempos (Lc 4.25,26). Muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (diz o Dr. Lightfoot) o primeiro profeta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At 18.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com Jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias; porém, para mostrar a ela a impotência da sua malícia, Deus encontrará para ele um esconderijo exatamente no país dela. Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 15.21).
A pessoa designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos mercadores ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma pobre viúva (isto é, ela é capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. É o modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso das coisas loucas deste mundo e honrá-las. Ele é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, M. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Josué a Ester. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.512).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


A viúva de Sarepta

Uma cena curiosa aparece na narrativa de Elias: Sua ida a Sarepta, uma cidade de Sidom, e seu encontro com uma mulher viúva. Com todo o cenário de caos em Israel, Deus se preocupa com uma mulher viúva da terra natal de Jezabel a ponto de enviar Elias não apenas para se manter vivo, mas para preservar a mulher e seu filho vivos também.
O perfil da viúva de Sarepta. Aquela era uma mulher que não tinha para si um provedor. O Texto Sagrado não diz há quanto tempo ela ficara viúva, mas diz que era uma mulher que além de viúva, não tinha mais recursos para se manter, a ponto de dizer ao profeta que ela não possuía nada mais que um punhado de azeite e farinha em casa, e que os usaria para fazer a última refeição de sua vida e da vida de seu filho. Foi nesse ambiente que Deus realizou a multiplicação dos únicos bens daquela mulher.
Aquela mulher também demonstrou fé naquilo que Elias disse. Quando surgem momentos de escassez, é comum as pessoas se tornarem mais egoístas. Mas aquela viúva fez o que Elias ordenou, e viu a providência divina em seu lar no período de seca.
A atitude de Elias. Quando o filho daquela viúva morreu, ela não se lembrou, em sua dor, da providência de Deus em seu lar por causa da presença de Elias. Na verdade, ela acusou o profeta de ser o responsável por aquela morte. E Elias precisava responder àquela situação. Ele não discutiu com a mulher. Apenas pediu que ela lhe entregasse o corpo do seu filho. Indo para o seu quarto, Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à oração de Elias, realizando a primeira ressurreição da Bíblia. E quando devolveu o filho ressuscitado à sua mãe, Elias não discutiu. Em nenhum momento Elias chamou aquela mulher de incrédula, ou de ingrata (afinal, ela e seu filho estavam vivos graças à presença de Elias naquela casa). Ele agiu com mansidão, e Deus o honrou (1 Rs 17.24). Atente para o fato de que Elias agiu de forma mansa com aquela mulher, mas posteriormente agiu de forma impetuosa diante de Acabe e de sua idolatria, mostrando que há momentos certos para se ter atitudes certas diante de problemas diferentes. E por meio de Elias, o testemunho de Deus foi dado em terras estrangeiras por meio de milagres e da providência divina, a ponto de esse caso ser citado séculos depois pelo próprio Jesus.