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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

domingo, 18 de setembro de 2011

Capelania Evangélica: a espiritualidade como uma forma de humanização da assistência hospitalar

Capelania Evangélica: a espiritualidade como uma forma de humanização da assistência hospitalar



http://www.hulw.ufpb.br/node/336


Em 1997 a Paraíba teve fundada no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) a sua primeira Capelania Hospitalar Evangélica. O intuito da fundação era formar uma equipe de voluntários capazes de dar apoio espiritual aos internados, respeitando os limites que as normas do Hospital impõem aos visitantes no que se refere ao controle de infecção hospitalar e à preservação da privacidade dos pacientes.
        Maria do Amparo Mota, assistente social da Clínica Médica, fundadora e atual diretora executiva da Capelania Hospitalar Evangélica no HU, relembra como era a atuação dos evangélicos antes da entidade: “Antes os evangélicos vinham de forma desorganizada visitar os pacientes. Essa desorganização estava atrapalhando e por causa disso os médicos não gostavam.”
        Empenhada em resolver o problema que, de certa forma, passava uma ideia errada da prática protestante, Maria do Amparo procurou conhecer pessoalmente o bem sucedido trabalho de capelania evangélica do Hospital das Clínicas de São Paulo. Este trabalho até hoje é liderado e idealizado pela missionária Eleny Vassão, autora do livreto No leito da enfermidade.
        Inspirada na iniciativa de São Paulo, a assistente social buscou a formação necessária para fundar uma capelania no HULW.  Os evangélicos de todas as denominações passaram a ter uma entidade para organizar e preparar capelães e visitadores religiosos que quisessem atuar no nosso hospital.

Os frutos do trabalho

Passados treze anos, a Capelania hoje tem cerca de 60 voluntários de diversas formações profissionais e desenvolve várias atividades, desde a visitação aos leitos dos acamados, distribuição de literatura cristã (através de convênio com a Sociedade Bíblica Brasileira- SBB) e dekits de higiene e limpeza, até a realização de confraternizações em datas comemorativas.
        O trabalho dos voluntários e da Capelania é reconhecido pelos pacientes. “Acho um trabalho muito bonito. É um conforto para quem está aqui internado, dá mais segurança. Todo paciente está ali [no leito] assustado, à espera da cirurgia. Quando chega alguém com esse trabalho, deixa a gente mais confortável”, afirmou João Silva de Campos, 40 anos, de Mamanguape, trabalhador rural internado para realizar uma cirurgia de fígado.
        Este reconhecimento também já existe por parte dos profissionais de saúde. A voluntária Francileide Rodrigues, 42, descreve a mudança de postura por parte da equipe profissional: “A enfermagem é muito aberta. Eles pedem para irmos aos leitos. Notam que a gente ajuda os pacientes.” Juracema Ferreira, auxiliar de enfermagem, confirma a boa aceitação: “Esse trabalho é muito importante. Às vezes os pacientes estão perturbados no leito com a doença e não querem tomar o remédio. O voluntário conversa com ele, traz uma mensagem de esperança e o paciente se anima”.
                O projeto não somente tem conquistado reconhecimento, como tem recrutado novos voluntários entre pacientes e acompanhantes. Francileide se entusiasmou com o projeto ao visitar a sogra da irmã que estava na UTI e hoje é responsável pela oficina de artesanato da capelania, que funciona todas as quartas-feiras. Outra voluntária, Irmã Tereza, 54 anos, aposentada, internou-se no HULW para tratar de um câncer de mama há nove anos. Hoje, curada, é responsável pelo Momento de Oração, realizado às quintas-feiras, no 2º andar.

A experiência é reproduzida em outros hospitais

        A Capelania Hospitalar Evangélica no HU deu tão certo que o exemplo vem se espalhando pelos hospitais da Paraíba. Hoje, já existem seis outras capelanias no estado: no CLIPSI - Hospital Geral de Campina Grande; no Hospital Edson Ramalho; no Ortotrauma de Mangabeira; no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena; e no Hospital Clementino Fraga.

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