C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

sexta-feira, 7 de junho de 2013

DIFERENÇAS ENTRE MINISTÉRIO PASTORAL, EVANGELISMO E CAPELANIA HOSPITALAR

DIFERENÇAS ENTRE MINISTÉRIO PASTORAL, EVANGELISMO E
CAPELANIA HOSPITALAR

Capelão Antonio Guedes


1.      O MINISTÉRIO DO CAPELÃO HOSPITALAR 
O trabalho do capelão se desenvolve no ambiente hospitalar, respeitando a fé do indivíduo, seja ele o enfermo, ou o acompanhante, ou alguém que faça parte da equipe de saúde.
A assistência à pessoa é de caráter estritamente espiritual, isto é, todo caso detectado pelo capelão diferente desta assistência deverá ser encaminhado para o técnico de saúde competente.
O capelão pode ou não integrar a equipe de saúde do hospital, porém, a sua atuação será sempre imparcial.
O capelão hospitalar não tem um rebanho próprio, a repetição de sua visita a uma mesma pessoa pode ser eventual ou ocorrer apenas uma única vez; além de não trabalhar com um ensino doutrinário profundo. O objetivo do visitador hospitalar está voltado a levar conforto e o consolo de Deus.
O capelão lida diariamente com a dor, com a morte e muitos outros problemas individuais.
O capelão é, principalmente, vocacionado por Deus como seu despenseiro (1Pe.4.10) e age conforme as Escrituras Sagradas (1Pe.4.11), além de um devorador de boas literaturas. Ele deve ser flexível nos pensamentos, paciente no agir e pronto para ouvir. O seu preparo vem da intimidade com Deus, através das orações.
Ser capelão não é apenas concluir um curso de capelania, mas também buscar o preparo em Deus, e estar pronto para atuar em todos os momentos que lhe surgir oportunidade.

2.      O MINISTÉRIO PASTORAL
O pastor possui um rebanho próprio do qual ele cuida, protege e instrui. O seu objetivo é fazer o rebanho crescer saudável espiritualmente e preparado para a obra. Ele também é um conselheiro, um amigo e um médico que cuida das feridas da alma, assemelhando-se ao papel do capelão hospitalar. O pastor pode também exercer o papel de administrador, diferentemente do capelão hospitalar, além de lidar com problemas coletivos, enquanto o visitador lida individualmente com a pessoa.
O pastor também é um vocacionado por Deus, estudioso das Sagradas Escrituras e, também, um devorador de boas literaturas.

3.      O MINISTÉRIO DO EVANGELISTA
O objetivo do evangelista é levar a pessoa a ter um encontro com Cristo, apresentando-lhe o plano de salvação. O seu objetivo está voltado unicamente para a salvação da pessoa. Para o evangelista, tudo que a ela necessita é crer em Deus, reconhecer que é pecadora, declarando Jesus como Senhor da sua vida. O evangelista tem a visão de que ele possui a solução para todos os problemas, a verdade que salva: Jesus.

Considerações

Ø  Tudo isso é necessário e verdadeiro, porém, o ministério do visitador hospitalar vai, além disso. O capelão deve se preocupar com o indivíduo em seu todo, percebendo as suas necessidades, ouvindo-o pacientemente e transmitindo o evangelho de Jesus através do amor derramado em sua vida.
Ø  Devemos depender da vontade de Deus, de sua misericórdia e, acima de tudo, termos paciência para aguardar o momento de apresentarmos o plano de salvação, não descuidando dos cuidados com as dores físicas e emocionais da pessoa.
Ø  De uma maneira geral, nós, os evangélicos, somos levados a falar às pessoas enfermas como sendo a sua “última chance” e, afirmamos que Deus vai nos cobrar se não falarmos imediatamente (Ez.3.17-18). 
Ø  Quase nunca se leva em conta que a pessoa enferma tem uma dor, uma história, um patrimônio, um tesouro, e que tudo isso exerce forte influência sobre a sua vida.
Ø  A confiança é ganha com amor e autenticidade. Isto não é perda de tempo, é empatia, é estratégia, é investimento, afinal nosso púlpito se resume aos pés de uma cama. Neste caso, estratégias usadas no evangelismo, tais como: fixar o público alvo, conhecer os hábitos sociais e o credo da pessoa, passam a ser secundário. Algo maior exige uma solução. Alguém está com dor.


Conclusão

Gostaria de destacar as diferenças existentes entre o capelão/visitador hospitalar, o pastor e o evangelista:
Ø  Muito embora haja pontos comuns na atuação da obra, posto que tanto o pastor quanto o evangelista e o capelão são chamados por Deus para ganhar vidas, a forma, a visão e a disponibilidade se diferem.
Ø  Também existem diferenças no preparo e na abordagem realizada. Neste ponto desejo dar destaque ao cuidado com a abordagem, pois “para peixes diferentes requerem-se iscas diferentes” (Rick Warren). 
Ø  Os assuntos aqui tratados são de capital importância se desejamos ser bons visitadores. Estou certo de que este ministério sempre terá valido a pena se vidas preciosas vierem para o Reino de Deus através de nossas visitas realizadas, pois a obra é tida por crescente quando o nome do Senhor é exaltado, o Seu Reino expandido e vidas são edificadas.

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