C A H E R J

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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Instrumentos de mudança, Capelãs



Capelães, instrumentos de mudança
Pr. Bruno Oliveira

O que significa ser um instrumento de mudança nas mãos de Deus na vida de uma outra pessoa? Existe um processo envolvendo quatro palavras principais: Amar, conhecer, falar e fazer
Amor – Construindo  relacionamentos
      Tem a ver com a construção de um relacionamento piedoso. Um relacionamento que fornece um contexto fértil em que a obra de Deus possa florescer.
Conhecer – Colhendo Dados
      Tem a ver com o recolhimento de informações que são necessárias a fim de sermos os instrumentos de mudança que Deus tem escolhido. As nossas lutas não são generalizadas, elas são específicas. Portanto, eu preciso chegar a conhecer esta pessoa e seu mundo.
Falar – Comunicando verdades
      Tem a ver com a comunicação de verdades que acabam libertando a pessoa. Então eu preciso entender como posso ser parte da intervenção de Deus na comunicação de verdades bíblicas. Palavras como “repreender” e “confrontar” não têm um campo de ação muito positivo.
Fazer – Estabelecendo agendas
      Se refere ao ato de tomar esta mudança que Deus já começou a efetuar em meu coração e aplicar à minha vida cotidiana. Nenhuma mudança ocorre até que uma mudança realmente tenha ocorrido.

Amor
No aconselhamento Bíblico, na realidade, estou pedindo que uma pessoa coloque em minhas mãos a porcelana, ou louça, mais fina que possui.
Adentrando ao mundo da pessoa
      Portões de entrada
      Oportunidades de se entrar na vida e interagir no diálogo com o paciente.
O que esperamos quando entramos pelo portão de entrada?
  1. Construir um elo de confiança horizontal.
  2. Desenvolver uma esperança que é vertical.
  3. Ver um engajamento no processo de mudança.

Encarnando o amor de Cristo
      Cl 3:12-17
      É um chamado para o corpo de Cristo, para que estejamos envolvidos, cada um, na vida do outro, ensinando e admoestando.

Identificando com o sofrimento
      Hb 2:10-11
      “Ele não se envergonha de nos chamar irmãos”. O que este termo conota?
Não é apenas um relacionamento de Pai e filho, mas de irmãos. Um relacionamento igual. Porque isso é importante?
  1. Isso nos mantém humildes.
  2. Lida com questões da dependência.
  3. Existe um elemento de conforto.

Aceitando (a pessoa) com agenda
Não é a minha agenda. Não é o que eu quero para a pessoa, mas é o chamado de Deus que importa e impera. Portanto, é a graça de Deus que nos chama para vivermos uma vida moralmente reta perante o Senhor. Observem: O problema não é a falta de oportunidades e necessidades ao nosso redor. O problema é que perdemos de vista as oportunidades porque não trazemos o tremendo amor de Cristo, o poder de Sua graça e o foco de Sua obra às vidas das pessoas.

Conhecer
O alvo em “colher dados”
Não é uma busca por pecado nem descobrir o que existe de errado na pessoa.
  1. É compreender a pessoa.
  2. É ajudar a pessoa a se entender melhor.

Tendemos a dar por certo que conhecemos um ao outro
  1. Consiga uma definiçãoO que você quer dizer com isso?
  2. Obtenha esclarecimentosComo aconteceu?
  3. Peça uma explicaçãoPorque você agiu desta forma?

Faça boas perguntas
  1. Perguntas Abertas e Fechadas
      Limite o seu uso de perguntas fechadas
      Desenvolva perguntas abertas
      Na pergunta aberta a pessoa não consegue responder sem revelar o que está sentindo, pensando ou fazendo.
Exemplos de perguntas abertas:
1.      O que está acontecendo? ou O que estava acontecendo?
2.      O que estava pensando e sentindo enquanto isso acontecia?
3.      O que você fez em resposta?
4.      Por que reagiu assim? O que estava querendo fazer?
5.      O que resultou disso?

  1. Desenvolva perguntas extensivas e intensivas
      Pergunta extensiva é aquela que procura realizar uma pesquisa.
      Pergunta intensiva, significa tomar aquela fatia do bolo e realizar muitas perguntas relacionadas aquilo.
Essas perguntas vão atrás de raízes e causas. Cavam fundo, começando a expor o alicerce, as raízes daquilo que está acontecendo na vida de pessoa.

Certos tipos de perguntas revelam certos tipos de informações:
      O QUE lhe oferece informações básicas.
      COMO lhe oferece a mecânica ou a maneira como algo foi feito.
      PARA QUE lhe oferece propósito ou motivação.
      COM QUE FREQUÊNCIA lhe oferece temas e padrões.
      QUANDO lhe oferece a ordem dos eventos.

Interpretando biblicamente os dados que temos
  1. A SITUAÇÃO
      Informações históricas
      Família de origem
      Eventos críticos
      Relacionamentos significativos
      Experiências significativas
      Informações presentes

      1. Quais são as pressões que encara todo dia?
      2. Quais são suas responsabilidades diárias?
      3. Quais as oportunidades que Deus tem colocado na sua vida?
      4. Quais são as tentações que encara regularmente?
      5. Quem ou quais são as vozes em sua vida?
      6. Quais as pessoas de influência em sua vida e o que estão dizendo?
      7. Qual é a situação da família? Como é a família? Como agem, se comunicam e resolvem problemas?
      8. Qual foi o problema que a pessoa lhe apresentou?

  1. O COMPORTAMENTO
      Como esta pessoa está reagindo à situação em que está?
      Estamos procurando temas e padrões
      Precisamos identificar nos seus pensamentos:
      Há uma visão distorcida do passado?
      Há uma visão distorcida do presente?
      Há uma visão distorcida de si mesmo?
      Há uma visão distorcida de Deus?
      Há uma visão distorcida do futuro?

  1. Os MOTIVOS
      O que essa pessoa quer no meio de tudo que está acontecendo?
      Qual é o alvo do seu viver?
      Se fossem honestos, o que eles realmente diriam?

Falar
A Confrontação tende a ter uma péssima reputação.
  1. Confrontação é enraizada no evangelho
      Um conforto (Rm 8:1-11)
      A remoção da sentença da condenação
      A presença do E.S. que habita em mim.
      Um chamado (Rm 8:12-17)
      O evangelho possui um “assim, pois...”
  1. O Alvo da confrontação
      Um instrumento para ver a si mesmo
      Para levar uma pessoa ao arrependimento
  1. Quatro passos no processo
            a) Consideração
            Pergunta: O que Deus quer que esta pessoa veja, que ela ainda não enxerga?
            Alvo: Tudo está focado em como Deus quer dar visão a essa pessoa.
            b) Confissão
            Pergunta: Em que essa pessoa precisa assumir responsabilidade e   confessar?
            Alvo: Levar a pessoa a enxergar os   detalhes, pois o pecado nunca é        generalizado.
      Veja o que você fez.
      Eis a razão porque você o fez.
      E veja o que vai acontecer.
            c) Comprometimento
            Pergunta: Em que esta pessoa precisa ficar comprometida a uma    nova maneira de viver, radicalmente diferente em   referência a sua situação e seus relacionamentos?
Alvo: Nunca dê por certo que já exista comprometimento. Sempre leve a pessoa a realizar comprometimentos novos.
            d) Conversão (Transformação)
Pergunta: Como que estes comprometimentos novos precisam ser aplicados às situações e aos relacionamentos do dia-a-dia?
            Alvo: Mais uma vez – seja específico e concreto na transformação.
  1. Como Confrontar (II Sm 12:1-10)
      Começar interagindo
      Deixar a declaração para o rebelde

Fazer
Estabelecendo a sua agenda
É o que pretende fazer com essa pessoa, o porque e o como. Você não pode conduzir uma pessoa a mudança a não ser que você também tenha alvos. Você precisa saber para onde está caminhando.
Esclarecendo sua agenda
  1. Qual a maneira, distintamente bíblica, de pensar a respeito daquilo que acabei de ouvir, dos dados que tenho colhido?
  2. Quais são os alvos bíblicos de mudança para esta pessoa nesta situação?
  3. Quais são os métodos bíblicos em ministério para poder atingir os alvos de mudança?
  4. Quando é que começo a estabelecer esta agenda com meu aconselhado?
Esclarecendo a responsabilidade do aconselhado
      Quem é responsável e qual é a responsabilidade? Essa talvez seja a questão mais importante.
Estabelecendo uma prestação de contas
      Esta prestação de contas não é a tarefa de um detetive. É um ato de amor.
Instilando a identidade dele em Cristo
      As pessoas acabam se esquecendo do que elas são
      Cl 1:28-29  X  Rm 7:21

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