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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Luto, espiritualidade e câncer estiveram em discussão ontem, no II Congresso Cearense de Psico-Oncologia


Luto, espiritualidade e câncer estiveram em discussão ontem, no II Congresso Cearense de Psico-Oncologia

Luto, espiritualidade e câncer foi o tema de uma das mesas-redondas da programação deste domingo do II Congresso Cearense de Psico-Oncologia. Sob a coordenação dos psicoterapeutas Antonio Trajano e Júlia Kovacs, quatro especialistas abordaram os desafios atuais que a recente área psico-oncológica enfrenta no acompanhamento dos pacientes com câncer e seus familiares.

No Ceará, a Psico-Oncologia tem sido encaminhada com curso de especialização promovido pelo Hospital do Câncer, já em sua terceira turma. A dimensão da espiritualidade, pouco compreendida pela especialidade médica oncológica, tem na Psicologia sua porta de acesso.

Para a médica neonatologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Eliane Oliveira, que abordou a ‘‘Espiritualidade no Morrer’’, o câncer tem sido um dos graves e complexos problemas que tem conduzido a mudanças nas escolas médicas, a partir de um repensar do paradigma reducionista mecanicista newton-cartesiano.

Uma das introdutoras e coordenadoras da disciplina ‘‘Medicina e Espiritualidade’’, a médica revela já está na hora de parar de formar biotécnicos e dar aos médicos outra formação. As pressões dos movimentos sociais em prol da humanização dos tratamentos de saúde tem movido os profissionais a este repensar sua prisão no racionalismo científico.

Para ela, o paradigma quântico tem oferecido uma contribuição também à área da saúde, abrindo a perspectiva para a transdisciplinaridade, o que engloba outras áreas do saber, além da ciência: a arte, a religião e as próprias experiências humanas, que são individuais (cada ser é único, não um número estatístico).

Quando se fala melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, a médica anuncia também uma mudança da perspectiva materialista e utilitarista do termo para uma mais abrangente, que é a dignidade de vida: ´Todos temos direitos à dignidade, em todas e quaisquer circunstâncias´.


No tocante à espiritualidade, a médica se anuncia uma aprendiz, embora já não siga a cartilha médica que considera a morte como fracasso e sim como processo natural.

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