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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

domingo, 11 de setembro de 2011

Prática religiosa e redução de mortalidade

Prática religiosa e redução de mortalidade
                                                                                                   O impacto da espiritualidade na saúde física

                                                                               http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34s1/a12v34s1.pdf
                                                                                                        HÉLIO PENNA GUIMARÃES, ÁLVARO AVEZUM



Cerca de 11 estudos independentes e longitudinais, avaliando a relação entre a prática de atividades religiosas e o impacto sobre a mortalidade, foram descritos até 2003, dos quais apenas dois envolveram pacientes não saudáveis. Sete desses estudos obtiveram resultados ajustados para dados de demografia, aspectos socioeconômicos, sexo, fatores de risco para outras doenças e outros potenciais fatores de confusão. Em seis estudos (66,6%), verificou-se a relação estabelecida, após ajuste, de aproximadamente, em média, 30% de redução de mortalidade bruta e até 25% após ajustes para fatores de risco conhecidos. A maioria desses estudos é de base populacional (Powell et al., 2003).
Strawbridge et al. (1997), em estudo de longo seguimento, avaliaram 6.928 pacientes, entre 16 e 94 anos,
durante 28 anos de seguimento; os praticantes regulares de atividades religiosas tiveram menores taxas de
mortalidade (razão de risco de 0,64; 95% IC, 0,53-0,77).
Esses resultados foram mais robustos em mulheres; em análise ajustada para antecedentes de doenças crônicas ou fatores de risco à saúde, não houve redução significativa do impacto. Durante o seguimento, os pacientes com práticas religiosas freqüentes interromperam o tabagismo, adotaram atividade física regular, aumentaram suporte social e mantiveram seu estado matrimonial.
Hummer et al. (1999) avaliaram dados do National Health Interview Survey (NHIS) em 21.204 casos e,
entre estes, 2.216 óbitos, associando a freqüência de prática religiosa a aspectos sociodemográficos, de
saúde e comportamento. Determinaram que pessoas que nunca tiveram ou que exerceram prática religiosa
irregular apresentavam risco de óbito 1,87 vez maior comparadas àquelas com prática de pelo menos uma
vez por semana. Tal associação se traduziu em diferença de cerca de até sete anos adicionais, na expectativa de vida entre os grupos.
Jaffe et al. (2005) avaliaram pacientes aderentes a práticas religiosas ou habitando áreas consideradas afi-
liadas a práticas religiosas em Israel. Foram analisados 141.683 indivíduos com idades de 45 a 89 anos, vivendo em 882 áreas distintas; 29.709 óbitos foram reportados em um seguimento médio de 9,5 anos. Homens e mulheres vivendo em áreas próximas ou afiliadas a práticas religiosas tiveram menores taxas de mortalidade (OR [homens] = 0,75; 95% IC, 0,67-0,84; OR [mulheres] = 0,86; 95% IC, 0,67-0,96).

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