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Capelania Evangélica do Rio de Janeiro

domingo, 11 de setembro de 2011

Religiosidade/espiritualidade e doença cardiovascula

Religiosidade/espiritualidade e doença cardiovascular
                                                    http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34s1/a12v34s1.pdf

                                                    HÉLIO PENNA GUIMARÃES, ÁLVARO AVEZUM



Hummer et al. (1999) foram os primeiros a demonstrar a correlação entre prática religiosa e redução da mortalidade por causa cardiovascular, mesmo após ajustes em análise multivariada para sexo, idade, educação, etnia e 
status social. No entanto, no que concerne à adoção de hábitos de vida saudável, após os ajustes para todas as 
co-variáveis e estilo de vida saudável, projeta-se p = 0,86 (ns), que, a despeito da perda de significância, indiretamente reforça o papel da religiosidade/espiritualidade em mudanças de hábito de vida.
Goldbourt et al. (1993) avaliaram o impacto da religião ortodoxa na doença arterial coronária em 10.059 pessoas em Israel por cerca de 23 de seguimento, demonstrando associação não ajustada de RR de 0,69 (p = 0,05), e após ajuste para fatores de confusão, como hábitos de vida, RR de 0,72 (p = 0,05). Colantonio et al. (1992), avaliando fatores preditores psicossociais para acidente vascular cerebral (AVC) em idosos não institucionalizados, determinaram, em 2.812 idosos de Connecticut,  status de depressão por meio da escala do Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES-D). Esse estudo revelou altos valores de escores de CES-D como importante preditor de AVC (p < 0,05), e a prática freqüente de serviços religiosos foi associada à menor incidência de AVC (p < 0,001). Porém, ao se dispor esse achado em análise multivariada (p < 0,05), correlacionando sexo, idade, hipertensão, diabetes e tabagismo, nem os escores de depressão, nem a análise de religiosidade, mantiveram sua significância.
Em geral, os achados sugerem que aspectos da religiosidade com a prática semanal (RR = 0.93, ns) podem ser fatores protetores contra doenças cardiovasculares, por promover melhor controle de ansiedade/estresse e hábitos saudáveis de vida (Powell  et al., 2003). No entanto, certamente mais estudos longitudinais devem ser efetuados para a comprovação de sua relação com a morbidade cardiovascular.

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